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CANDELÁRIA

Telefone 193 cria problema aos bombeiros voluntários

Moradores de Candelária e municípios próximos, como Novo Cabrais e Cerro Branco, podem encontrar problemas com o telefone de emergência 193 ao fazer chamadas para solicitar atendimento dos bombeiros voluntários. Segundo o presidente do Corpo de Bombeiros Voluntários de Candelária, Arzélio Strassburger, o problema já é discutido desde a metade do ano passado. Usuários de operadoras que não sejam as empresas Oi e Claro podem ter dificuldades ao buscar socorro pelo número tradicional dos bombeiros em todo o País. Segundo relatos, algumas chamadas feitas ao 193 em Candelária estão sendo redirecionadas para os quartéis dos bombeiros militares em Santa Cruz do Sul ou Cachoeira do Sul.

No Estado, problemas semelhantes foram registrados nos municípios de Igrejinha, Rolante, Três Coroas, Agudo, Antônio Prado, Bom Princípio, Carlos Barbosa, Feliz, Garibaldi, Marau, Nova Petrópolis, Nova Prata, São Sebastião do Caí e Teutônia. Segundo o comandante-geral dos bombeiros, coronel César Eduardo Bonfanti, em muitas cidades onde existem bombeiros voluntários não há atendimento via telefone de emergência 193, e os chamados são recebidos por linha comum. Já foi encaminhado um pedido para a empresa responsável ativar as linhas de atendimento emergencial nos quartéis de bombeiros voluntários espalhados pelo Estado.

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Em um documento destinado à Associação dos Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul (Voluntersul), que pediu informações sobre o assunto, a empresa de telefonia explicou que tem contrato de prestação de serviços com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul e seguiu orientações de ofício enviado pelo próprio comando dos Bombeiros, ainda em 2018. No texto é solicitado que “toda e qualquer alteração de municípios e áreas de atendimento que envolvam as linhas 193 devem ser atendidas apenas através de solicitações de origem única dessa Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicações, em conjunto com a Assessoria de Operações e Defesa Civil, ambas integrantes do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul”.

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O ofício, chancelado pela gerência da empresa, é datado de 13 de janeiro de 2021. O documento explica também que somente em 29 de dezembro do ano passado a Oi recebeu o pedido de reativação das linhas emergenciais 193 para os quartéis de bombeiros voluntários, e que o serviço de readequação está em andamento, mas ele ainda não foi completado.

A Associação dos Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul entrou na Justiça contra a empresa Oi. Conforme o presidente da Voluntersul, Anderson Jociel da Rosa, o objetivo da ação é acelerar o restabelecimento do sistema. “Deixar essas corporações sem o contato direto com a população pela linha de emergência é, no mínimo, uma irresponsabilidade”, enfatiza.

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Em Candelária, há números alternativos
O representante dos bombeiros voluntários de Candelária, Arzélio Strassburger, conta que já ouviu diversas reclamações sobre o problema nas linhas telefônicas do serviço de emergência. Ele deu o exemplo de uma ocorrência de julho do ano passado: moradores de Candelária ligaram no telefone 193 e foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros de Santa Cruz, o que acabou atrasando em cerca de 20 minutos a ação dos socorristas.

“Já liguei para o 193 no interior de Novo Cabrais e a ligação caiu em Santa Cruz. Nada contra o serviço dos bombeiros de Santa Cruz, muito pelo contrário, mas a coisa tem que ser resolvida de forma que a pessoa tenha um acesso mais rápido, porque é um telefone de emergência nacional.” Em caso de dificuldades com a linha emergencial, os bombeiros de Candelária também podem ser acionados pelos telefones 3743 1344, ou ainda 3743 1930.

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Novo Cabrais quer uma unidade
Dependendo de Cachoeira do Sul ou Candelária para receber atendimento, o município de Novo Cabrais procura erguer uma sede própria dos bombeiros voluntários no município. Quem organiza essa iniciativa é o bombeiro civil profissional Cristiano Norton Bitencourt. Segundo ele, os documentos para a criação do quartel em Novo Cabrais já estão prontos, e 25 voluntários encontram-se à disposição da comunidade para prestar o atendimento.

Bitencourt explica que o assunto começou a ser tratado em setembro, quando ele levou o tema à Câmara de Vereadores. “Temos um local que a prefeitura vai ver se consegue a doação do terreno. O caminhão, a gente tem um contato com um pessoal que teria como disponibilizar. Estamos conversando com o prefeito, que prometeu nos apoiar. Entre os 25 voluntários, temos três vereadores. Poderíamos estar mais adiantados, não fosse essa pandemia.”

Outra solicitação que ele levou para os vereadores foi a instalação de hidrantes em Novo Cabrais. A cidade não possui nenhum, e esse fato já prejudicou atendimentos dos bombeiros voluntários de Candelária.

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