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LONGA ESPERA

Orçamento do Estado prevê obra na Escola José Mânica em 2021

Foto: Rafaelly Machado

Novo prédio foi incluído no orçamento deste ano do Estado, que prevê o início para maio. Mas licitação ainda não foi feita.

Após quase nove anos de espera, a construção do prédio da Escola Estadual José Mânica, no Bairro Esmeralda, em Santa Cruz do Sul, deverá sair do papel. A Secretaria de Obras Públicas, Saneamento e Habitação do Rio Grande do Sul afirmou que a obra, avaliada em R$ 1 milhão, foi incluída no orçamento de 2021. A previsão dada pelo governo é de que a construção comece em maio.

O coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, destaca que os projetos elétrico, arquitetônico e hidráulico do novo prédio já estão finalizados. A estrutura de 1.386,34 metros quadrados será distribuída em dez salas de aula; salas de infraestrutura educacional, como setores administrativos, biblioteca, refeitório, cozinha e laboratórios de informática, química e física; e banheiros (femininos e masculinos e também para portadores de necessidades especiais). No entanto, a obra precisa ainda ser licitada.

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“Durante a reunião no fim do ano passado, na Secretaria da Educação, foi confirmado que os recursos seriam para o orçamento deste ano, assim como a possibilidade de a obra começar em maio. A primeira etapa, dos termos técnicos, esta concluída. No entanto, falta a fase da licitação e não podemos esquecer que estamos no meio de um cenário pandêmico. Não sabemos se isso poderá afetar ou não o andamento deste processo”, esclarece Pinho de Moura.

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Desde 2012, após a interdição de um dos prédios e a demolição dele meses depois, em razão de diversos problemas estruturais, salas moduladas foram instaladas. O projeto, que tinha caráter provisório, com prazo de validade de quatro anos, até que fosse feita a construção do novo prédio, se estendeu e nenhuma obra foi iniciada na escola. Além do espaço ser restrito e de não comportar um número maior de alunos, com a situação da pandemia os problemas se agravaram.

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“O grande empecilho para a volta das aulas dentro das normas sanitárias da pandemia é o fato de que a maioria de nossas salas são modulares e provisórias, feitas de paredes de gesso acartonado, abafado e sem a ventilação necessária. Não tem como fazer a higienização desses ambientes, conforme recomenda o protocolo. Nem mesmo um pano úmido pode ser passado. Além disso, o espaço, em situação normal, comporta 20 alunos. Com o distanciamento exigido de no mínimo 1,5 metro, cabem apenas seis”, ressalta o atual diretor, Vinicius Fingler.

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Salas modulares, com número restrito de alunos e estrutura precária, impedem que a escola retome as aulas presenciais | Foto: Rafaelly Machado

Diretora apontou riscos aos alunos

Em agosto do ano passado, em entrevista à Gazeta do Sul, a diretora na época, Daiane Lopes, comentou sua preocupação frente aos riscos que alunos e professores estariam correndo pelas condições precárias da escola. “Temos dez salas modulares de gesso acartonado que estão com prazo de validade vencido e apresentando muitos problemas. Já o refeitório, localizado em um contêiner, é revestido de PVC, um material altamente inflamável”, contou.

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Segundo ela, o prédio original que restou, que abriga quatro salas de aula, banheiros, biblioteca e toda a parte administrativa, apresenta os mesmos sintomas do que foi demolido em 2013. “São rachaduras, pisos se erguendo e vidros que estouram por causa da movimentação no solo. Por medo da falta de segurança das instalações, muitos pais preferem deslocar os filhos para escolas mais distantes”, afirmou.

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Contudo, o coordenador da 6ª CRE ressaltou que no ano passado um laudo técnico emitido pela Coordenadoria Regional de Obras Pública apontou que não havia risco iminente. “O laudo aponta que não há riscos, desde que respeitada a quantidade de alunos por sala”, destacou Luiz Ricardo Pinho de Moura. Muitas mobilizações foram feitas pela direção, Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e CPM para que a Secretaria Estadual da Educação tome previdências.

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