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Para que serve o árbitro?

O esporte mobiliza multidões e movimenta bilhões em receitas, da bilheteria à aquisição de suvenires e à publicidade. O futebol é o exemplo perfeito dessa equação, e mesmo os que se dizem imunes à febre de torcedor não deixarão de reconhecer esse impacto na rotina. Mas, então, como explicar, numa modalidade esportiva com tamanha exposição no mundo todo, que ela seja tão suscetível a completas injustiças. E cometidas por quem? Pela única pessoa a quem competiria, justamente, inibir tais incongruências: o árbitro.

Alguém dirá que o juiz é humano e como tal, falível, passível de erro. É aí que mora o equívoco, pois é só para que isso não ocorra que ele existe. Quando uma equipe é beneficiada de forma ilícita, tem-se uma injustiça, ou, mais exatamente, uma ilegitimidade. Ali, o juiz, que não joga, fere a justiça, deixa de zelar por ela, sua única razão de ser. Anula-se. 

Quando ele deixa de preservar o que seria o correto, o erro coloca por terra meses ou anos de investimentos e preparação de um clube. E quando teima em não marcar algo (ou, ao contrário, teima em marcar), beneficiando ao bel-prazer uns em detrimento de outros, quanto dinheiro que iria numa direção não é desviado para outra?

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Temos na memória terríveis erros de arbitragem. Bastaria citar o Brasileiro de 2005, quando um pênalti não marcado a favor do Internacional, associado à expulsão do jogador Tinga, simplesmente custou o título. Era confronto direto, e aquele lance deu de bandeja o troféu ao Corinthians. Acaso? Ou safadeza?

Quem diria que já no ano seguinte o destino começaria a devolver. O Corinthians, vejam só, caiu para a Série B em 2007. E o Inter, que fora roubado em 2005? Conquistou nada menos do que a Libertadores de 2006! É assim. O tempo sabe o que faz.

Quarta-feira passada, o chileno Julio Bascuñan deixou de marcar pênalti claro para o Grêmio contra o Lanús. O erro é ainda mais grotesco tendo em vista que a Conmebol gastou fortuna em árbitro de vídeo (AV), recurso já usado no voleibol e no tênis. Bascuñan não só não marcou a infração como se negou a consultar o AV. Por quê? O que estaria por trás? 

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Logo contra o Lanús, que só chegou à final por ter sido beneficiado por tal recurso. Ou seja, não era nem para o Lanús estar na final: um pênalti deixou de ser marcado para o River na semifinal, e o Lanús só venceu a partida porque o juiz, em dúvida, consultou o vídeo para se convencer a favor do Lanús.

Cabe a pergunta: para que serve o árbitro? Talvez para atiçar o destino. Agora, olhando com frieza, com a adoção do AV, o juiz de campo até já se torna desnecessário, ainda mais quando vive interferindo de forma errônea no resultado. Bastaria que as câmeras fossem sendo consultadas e, havendo infração, um sinal sonoro fosse ativado. Os únicos imprescindíveis seguem sendo os jogadores.

E amanhã acontece a segunda partida entre Grêmio e Lanús, na Argentina. Houve um pênalti claro não marcado para o Grêmio ao fim do primeiro jogo. Amanhã à noite saberemos o que o destino reservou para essa competição em termos de justiça maior.

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