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Profissão: antitabagista

Comitivas mobilizam-se visando acompanhar os debates na 8ª Conferência das Partes (COP-8) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, de 1º a 6 de outubro, em Genebra, na Suíça. A experiência de duas edições anteriores da COP, em Moscou, em 2014, e Nova Délhi, em 2016, nas quais estive como profissional da Gazeta, permitiu-me formar opinião aguda (e bastante desencantada) sobre o movimento antitabagista.

O grau de inverdades, incoerências e dados deturpados apresentados (de forma proposital?) nas plenárias e a total falta de clareza ou de percepção do papel cumprido por esse setor é algo que constrange e inquieta a quem, como jornalista, vivencia todo o agronegócio, e não só o do tabaco, há três décadas. O movimento antitabagista parece apoiado histericamente sobre uma ficção, a partir da qual só enxerga o que quer ver. Com péssimo resultado para a sociedade, inclusive na área da saúde.

Organizações não governamentais (ONG’s), mantidas por financiadores fantasmas, e antitabagistas convictos, militantes e salvadores de almas, assumem discurso segundo o qual só eles, e mais ninguém!, vão salvar o planeta. Seus discursos são facilmente desmontáveis. Hoje, é simples e prático conhecer ao vivo e a cores a realidade da produção de tabaco. Mas é de uma sala em Brasília ou São Paulo que o militante fala; de lá, longe do mundo real do agronegócio, emite suas supostas verdades.

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O discurso recorrente de ONG’s e antitabagistas é de que o tabaco causa dependência. No entanto, o tabaco gera empregos, renda e desenvolvimento. Gestores não costumam ignorar isso. Por ironia, até seria necessário contabilizar os antitabagistas entre os dependentes do tabaco. Este é a razão de ser e de viver deles. É dele que falam, por ele vivem, e nem é de duvidar que com ele sonhem. Não surpreenderia se o crachá dessas pessoas trouxesse o termo “antitabagista”. Essa já parece ser sua triste missão.

O que ONGs e antitabagistas não percebem (ou fazem que não percebem) é que sua ação, pretensamente nobre, é altamente nociva. Eles não elegeram a ameaça à saúde como vilã. Elegeram as empresas e os produtores de tabaco como inimigos. Na ideia do antitabagista, ao combater o cigarro legal ele estaria eliminando o problema. É como se ao atacar as salinas se eliminasse o sal, ou ao fechar as destilarias se erradicasse a cachaça. Quanta ingenuidade!

Na verdade, o que fazem é justamente agravar o problema. Que se repare no avanço do cigarro ilegal. Quanto mais o antitabagista cria restrições ao mercado formal, mais o produto oriundo de contrabando (que não paga impostos e cuja qualidade não tem qualquer controle, então sim constituindo alto risco à saúde) cresce nas vendas. Ou seria esse o real interesse das ONG’s? Começa que na COP as reuniões costumam ser a portas fechadas. Portas fechadas para falar de Saúde? Ou não seria para falar de dinheiro, de receita?

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