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Conversa Sentada

A tirania do “politicamente correto”

Estamos afogados nesse mar revolto do “politicamente correto”.

Inicio reproduzindo parte de artigo de Tito Guarniere:

“Os adeptos da seita, que estão em todos os lugares, principalmente na mídia e na academia, são chatos, mal-humorados, resolutamente convictos de conceitos discutíveis, e agressivos, muito agressivos. Veem o mundo através de uma ótica estreita, fragmentada e cinzenta. Assim, uma frase en passant, sem maiores consequências, os politicamente corretos não se ocupam de pessoas comuns – é tomada ao pé da letra, fora do contexto, no seu sentido mais gravoso, no entendimento que mais se adapte aos cânones da seita. Ações e palavras que não teriam nenhuma repercussão, se transformam em ataques vis de racismo, machismo e homofobia…”

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Continuo eu. As pessoas “politicamente corretas”, patrulheiras insensíveis, são extremamente rigorosas ante um mínimo sinal, são Torquemadas, sempre prontas a queimar em suas fogueiras de desamor os hereges da linguagem. Com elas não pode haver chiste, nem brincadeira, nem bom humor. Nem narrativas leves, picantes, brincalhonas. É provável que em breve exijam a volta de um Departamento de Censura, por elas constituído.

Mais um pouco e os integrantes do movimento do” politicamente correto” quererão mudar o jogo: não mais valer a lei de que “posso fazer tudo, menos o que está proibido”, para trocar por “só se pode fazer o que é permitido expressamente por nós”.

Nossa conterrânea Lya Luft publicou em uma de suas colunas uma catilinária contra a praga do politicamente correto. Disse ela que “faz algum tempo não se podia usar o termo ‘negro’ como se fosse humilhante ser negro”.

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Depois ela dá um comovente testemunho do que fizeram com as pessoas de origem alemã, anos atrás. “Na minha adolescência, um dia me disseram que não era convidada a carregar a bandeira do Brasil, no desfile da Semana da Pátria, porque eu não era ‘brasileira’. Fiquei ofendidíssima, mas não adiantou explicar que minha família foi dos pioneiros dos imigrantes que aqui chegaram.”

Lya é santa-cruzense, tendo partido para outras plagas, mas levando consigo os fundamentos éticos hauridos de seus antepassados. Lya é conhecida internacionalmente, o que nos deixa a todos muito orgulhosos.

Quem sabe todos desarmamos nosso espírito, vamos sorrir mais, podemos discordar mas de maneira cordial (perdoando o trocadilho)? E, como já foi moda dizer, “toda unanimidade é burra”. “Vive la différence!”

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Abraços para Leo, Juliana e Henrique Kraether

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