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Conversa Sentada

As “bondades” brasileiras

Começo afirmando que, em princípio, não sou contra o Bolsa Família, SUS, lonas para tapar as casas a cada temporal, passagens gratuitas, subsídios para artistas, etc.. Creio, no entanto, que algumas “bondades” são nocivas se não administradas com muito cuidado. Acontece que alguém tem que pagar a conta dos gastos que nosso “pai” supremo, o Estado, inventou de espalhar, mercê de sua misericórdia.

Muito vi, quando morei no interior, a seguinte cena: na frente do hospital vários barzinhos em que havia parentes de pacientes que aguardavam o “doutor” para curar seu arranhão ou sua borracheira. E dê-lhe cervejas. E o médico, que poderia atender pacientes mais problemáticos, perdendo tempo. E nós pagando.

O Bolsa Família se desvirtuou em muitos lugares. Nitidamente usado de maneira politiqueira em alguns pequenos municípios. Gente que não precisaria, recebendo. E nós pagando. Várias vezes ofereci emprego a desempregados. Não queriam carteira assinada para não perder a “bondade” do seguro-desemprego.

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Vem uma enchente e os ginásios lotados de pessoas, algumas fortes e saudáveis, deitadas em colchões durante o dia. Poucos, poucos se prestando a trabalho voluntário. Outro absurdo: num pequeno município estava marcada uma feira de ovinos para um domingo. Pois sua excelência o magnânimo prefeito contratou, sem licitação, um conjunto para tocar no sábado à noite. O que foi pago aos músicos não cobriu a renda bruta da feira.

O Estado (os governos de diversas magnitudes) é o grande pai que deve prover tudo. Isso gera um vitimismo e um coitadismo dos quais o Brasil está infectado. A começar pela total e absoluta irresponsabilidade na procriação humana em algumas camadas. Quando alguém faz alguma coisa para minorar o problema, o pau canta nas redes sociais. É preciso que cada casal limite o número de filhos, para poder se dedicar a eles, os alimentar, os educar. As cidades estão inchadas, moradores de rua ocupam as calçadas e praças.

De outro lado a vontade de consumir e passar bem perpassa a todos os segmentos. E o raciocínio é o seguinte: com trabalho e pertinácia vai demorar muito tempo; mais rápido vai ser  “desapropriar” de quem economizou e se ralou trabalhando. “Vou meter um trabuco na cabeça desses babacas (o desarmamento não vale para os bandidos) e tomar a grana de que eles não vão sentir falta.”

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Vamos continuar achando que está tudo bem? Ou vamos votar em quem não tem rabo preso? É só pensar no futuro dos netos…

Abraços para Walter e Dulce Meininger e Ivo Hermes

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