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Conversa Sentada

Leitores perguntam

O fato de eu ter publicado o meu endereço de mail me trouxe muitas vantagens. Recebo muitas mensagens, todas, todas muito educadas, conquanto nem sempre concordem com meus pontos de vista, o que é compreensível tendo em vista o alto nível dos assinantes.

Indagam da razão de eu ter silenciado sobre o desempenho de Moro, agora no poder executivo.

Recordemos que publiquei aqui na Gazeta um artigo em que desaconselhava Moro a pedir exoneração de seu cargo para entrar na política. Eu ingressei bem jovem na magistratura, 26 anos. Assisti alguns colegas se aposentando e querendo entrar na política. José Paulo Bisol se elegeu, após se aposentar, por causa de seu desempenho nos meios de comunicação. Recentemente mais juízes e promotores se elegeram por causa das redes sociais.

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Mas a verdade é que o mundo da Justiça funciona com outros componentes do que a política partidária ou o exercício de função do poder executivo. Temia que Moro, por não conhecer os meandros do Congresso e dos ministérios, fosse se desgastar.

Olhem e comparem as fotos do Moro juiz e as imagens dele mais recentes. Seu cenho está franzido, é nítido seu stress e, até com pouco tempo no exercício do novo cargo, pediu alguns dias de férias. Claro que sem remuneração, pois ainda não completou o tempo para férias remuneradas. A verdade é que desidrataram seu ministério e lhe deram chá de banco quanto aos projetos. Moro é demissível sem aviso prévio nem nada e não tem como voltar ao Judiciário a não ser por novo concurso. Ou nomeação para o STF, o que pode se alterar pelo balanço das melancias dentro da carroça.

Também meus leitores me indagam por que não dei um pio sobre esse assunto das gravações. Pela singela e prosaica razão de que está sob investigação e meus cabelos tordilhos, em uníssono, me aconselham a ser prudente. Mas que essa história causou danos ao casco do navio recém-lançado ao mar, isso causou.

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E o fato de Bolsonaro querer nomear seu fiel rebento para embaixador junto ao Tio Sam?

Consta que o moço sabe bem inglês, o que realmente é verdade. Mas eu fico pensando: à saúde de que existe o renomado Instituto Rio Branco? O jovem deputado tem leitura, estofo, cultura necessários para essa empreitada?

E existe um conselho que sempre achei acertado: não dá para nomear quem a gente não pode demitir. Poder-se-á dizer: mas quem de mais confiança que o próprio filho? Penso que esse é um argumento para o campo da atividade privada; mas discutível para o campo público.

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E a reforma da previdência?

Assunto para outro dia.

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