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Rock in Rio

Com vigor, Aerosmith encerra a noite do Palco Mundo

Com imagens exibidas nos telões que circundam o Palco Mundo lembrando a história e os discos da banda, o Aerosmith abriu seu show no Palco Mundo do Rock in Rio enfileirando um hit atrás do outro, estabelecendo uma conexão com a plateia por meio da memória afetiva. “Let The Music Do The Talking” abriu os trabalhos, com destaque para a performance do guitarrista Joe Perry, preciso em toda a apresentação.

Supostamente se despedindo dos palcos, a banda mostra um vigor invejável. Tyler, 69 anos, de camisa aberta e bigodinho, corre de um lado para o outro, mantendo sua vaidade/forma de frontman. Não que a vitalidade seja incomum no mundo do rock, mas no caso do Aerosmith ela ganha contornos especiais.

É um grupo que agrada aos fãs de hard rock, sem vergonha de ir pelos caminhos harmônicos das baladas de FM. Aliás, foi graças a uma canção desse tipo que o Aerosmith renovou seu público: “Don’t Want To Miss a Thing” (que nem é composição deles, e sim de Diane Warren). 

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A plateia reage de maneira catártica à música do filme “Armageddon”. “Crying” e “Crazy” também fizeram todo mundo cantar junto. Mas é no rock puro, digamos assim, que o grupo mostra do que ainda é capaz. E eles reservaram esta faceta para o bloco final do show, aberto por “Eat The Rich”, “Come Together”, dos Beatles, e “Stop Messin’ Around” (ambas já gravadas pelo Aerosmith), do Fleetwood Mac, interpretadas com toques próprios. 

A festa terminou com os clássicos “Dream On” e “Walk This Way”. Em apenas 16 músicas, Tyler e sua trupe sintetizaram bem sua trajetória de 45 anos. Se eles efetivamente se despedirem dos palcos, será uma pena.

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