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Objetiva Mente

Talento e esforço

É inegável que há pessoas que trazem de forma inata algumas características que as deixam em vantagens diante de outras. Usando como exemplo as características físicas como altura ou envergadura, fica mais fácil de entender essas vantagens. Mas será que somente essas características predeterminadas garantem o sucesso? Toda pessoa extremamente alta se dará bem no basquete? Toda pessoa de grande envergadura será um bom nadador? A partir desses questionamentos podemos nos perguntar também o inverso. Pessoas de estatura ou envergadura medianas teriam alguma chance nesses esportes? Na história do esporte encontramos essas respostas.

A presença de tais características não é garantidor de excelência nos esportes. O mesmo podemos dizer de muitas atividades tanto físicas quanto intelectuais. Trazendo para o desenvolvimento de nossas crianças, devemos lembrar que um dom atlético ou intelectual não costuma por si só ser suficiente para que elas tenham sucesso naquilo que se proponham a fazer. Pode até atrapalhar, por incrível que pareça. Depende de como essas características são manejadas pelos pais, educadores e pela própria pessoa.

Existem pesquisas sobre aprendizagem escolar mostrando que crianças com quociente de inteligência (QI) acima da média, que somente se apoiam nela para avançar nos estudos, costumam ter uma curva evolutiva descendente de notas e conceitos. Já crianças com QI mediano que apresentam dificuldades mas buscam a compensação de suas limitações com esforço e repetição apresentam curvas crescentes de evolução. Isso pode ser um bom indício de que só talento sem ou com pouco esforço não seja suficiente para que se tenha êxito a médio e longo prazo. Na escola, assim como em quase tudo na vida, o nível de exigência é crescente. Chega um momento que só talento ou inteligência não basta. Transpirar é preciso. 

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Se a pessoa tiver essas características inatas e associar o aprendizado do esforço, a chance de ela ser excelente e bem- sucedida naquilo que faz é muita alta. Porém devemos lembrar que o talento pode ser inato, mas o esforço é aprendido e deve ser reforçado e valorizado.

Mas e onde entram os pais e educadores? Devemos ter o cuidado de não valorizar excessivamente os bons resultados alcançados sem muito esforço. E devemos exaltar sempre o esforço, independente do resultado. Com esses cuidados, podemos manter motivados aqueles que de forma inata têm mais facilidade e também estimularmos aqueles que possuem dificuldades a se superarem.

Nem todos nascem talentosos. Isso é destino. Mas todos podem se esforçar para fazer o seu melhor. Isso é educação.

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