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Crime e castigo

Estamos vivendo numa época onde crimes e suas punições são desproporcionais. Crimes graves não sendo punidos como deveriam. Uma infinidade de recursos e estratégias legais também favorecem para que aqueles que violaram as leis se safem. Atos públicos de protesto podem receber penas exageradas.

Gostaria de transpor essa temática para a educação de nossas crianças, até porque a maciça maioria dos crimes estão relacionados à falta de educação moral e respeito à convivência social. Vamos começar definindo o “crime”: seria violar o código de conduta proposto pelos pais. Então, talvez o primeiro passo das famílias é definir quais serão as regras a serem seguidas. Cada família deve ter seus códigos de conduta, de preferência em sintonia com os da sociedade. Definir esse código e ser coerente a ele é de extrema importância para a formação do caráter de nossas crianças. Quando somos incoerentes, a criança perde seu referencial e isso pode deixá-la com dificuldade de criar o seu próprio padrão de conduta.

Lembro que a criança não nasce pré-programada sabendo as regras, ela precisa ser educada, advertida quando não respeita as normas. E isso leva alguns anos. Nestes anos, é preferível o diálogo e explicação sobre por que não se pode ter determinado comportamento. 

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Uma vez havendo a quebra de regras, nos deparamos com as punições ou castigos. Aqui quero reforçar duas questões de extrema importância: o castigo deve ter somente um foco pedagógico, nunca de humilhação ou maus-tratos, e devemos buscar abolir qualquer espécie de castigo físico. 

Antes de castigá-la, podemos premiá-la pelo seu esforço, bom comportamento ou por conseguir esperar para ter suas demandas atendidas. Essa atitude pode estimular e favorecer com que a criança valorize o bom comportamento.

Caso haja reincidência na infração, podemos utilizar a privação de algum objeto ou atividade. Assim podemos mostrar às crianças que não respeitar as normas de bom convívio traz consequências negativas para elas. Em contrapartida, seguindo as regras, ela pode ser bonificada. Isso cria uma motivação para fazer o desejado. 

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Aqui faço duas recomendações: nunca dê um castigo que não possa cumprir e, se precisar, dê punições proporcionais à infração cometida. Todo castigo dado e não cumprido faz com que os pais percam autoridade e a criança acredite na impunidade, importando-se menos com a consequência de seus atos. Normalmente, punições deliberadas em acordo entre os pais são balanceadas. As exageradas costumam ser medidas unilaterais feitas de cabeça quente. Para evitar revolta e incompreensão por parte da criança, evite dar punições extremas para crimes brandos. Prefira castigos curtos, dando a chance de a criança refletir sobre o que ela.

Não tenho dúvida que se cada família fizer sua parte os índices de criminalidade, dependência química e corrupção cairão. E teremos uma sociedade mais justa. E isso tudo advém da educação de nossos filhos. Educação deve começar cedo em casa.

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