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Remédio mais letal que o vírus

Impossível ficar imune à Covid-19. Pelo menos não sem ser infectado por ela. E provavelmente todos seremos. Hoje ou em breve. E isso não deveria ser motivo de pânico para 90% da população. Idosos e pessoas com doenças de risco, devem se preocupar sempre com qualquer doença endêmica, epidêmica ou pandêmica. No caso da Covid-19 não é diferente.

Diante do que está acontecendo em alguns lugares do mundo, é fundamental pensar de modo local. Replicar indiscriminadamente ações de outros lugares do globo e do país em Santa Cruz é altamente danoso para a sociedade e sem efetividade garantida para a população de risco. Penso ser importante lembrar que não estamos no inverno, temos densidade populacional menor e população mais jovem que lugares específicos que resultou num aumento da mortalidade.

Saibam que normalmente morrem 150 mil pessoas por dia no mundo pelas mais variadas causas. Só no trânsito do Brasil morrem 165 por dia. Não coloco esses números aqui para minimizar os perigos da Covid-19. Mas para que você fique vacinado contra o grande vilão, a histeria coletiva. Até o momento todas as limitações e prejuízos que estamos enfrentando não são do vírus mas sim do remédio que o poder público está impondo, importado de outros lugares que estão em estágio e hemisfério diferente do nosso.

Cabe ao médico customizar o melhor tratamento disponível ao seu paciente, a tal modo que o remédio não o mate. Sair proibindo tudo, colocando todos na mesma faixa de risco e em isolamento, impedindo que as pessoas mantenham sua subsistência é draconiano. É como se já tivéssemos todos infectados e marcados para morrer.

É fundamental tomar medidas para proteger as pessoas em risco e melhorar o sistema de saúde que, desde sempre, operou no limite do colapso mesmo antes, o que agora só vai ficar mais evidente. Quem trabalha na saúde pública sabe que já era comum fazer “escolha de Sofia”. Devemos dar suporte para que pessoas de risco (grande maioria delas fora do mercado de trabalho) não precisem sair de casa ou tenham contato humano pelos próximos meses. Lavar as mãos, higienizar ambientes, isolar pessoas doentes e evitar idas ao hospital são medidas muito adequadas, como a excelente ideia de usar o Poliesportivo.

Como disse no início, provavelmente todos ficarão doentes e felizmente com pouca letalidade. O que está sendo feito agora vai empurrar isso para frente, quando naturalmente começam nossas doenças de inverno, diferente do hemisfério norte, que começa o verão. Daí será Covid-19 mais influenza, mais H1N1, mais pneumonias e tantas outras doenças que matam todo inverno. Talvez o melhor para pessoas saudáveis e jovens seria se infectar agora com o devido isolamento do grupo de risco. É fundamental a vacinação em massa contra a gripe.

O atual remédio administrado pelo poder público trará um colapso social e financeiro sem precedentes. Posso parecer irresponsável ao ir contra o isolamento compulsório de todos e fechamento do comércio, serviços, indústrias e escolas. Mas irresponsabilidade é não pensar no futuro econômico de nossa sociedade e suas repercussões negativas na saúde mental e nossos filhos. Negócios locais fechados, empresas falidas, desemprego em massa, criminalidade, suicídio e depressão serão o resultado não da Covid-19, mas das medidas tomadas. E isso causará muito mais morte e sofrimento que o vírus. Acabar com a doença é fácil, difícil é manter o paciente vivo.

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