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Polêmica

Diagnóstico pela maleína é suspenso para mormo

Expedida nesta semana pelo juiz Assis Leandro Machado, uma liminar suspende a realização do teste de maleína no único cavalo suspeito de apresentar a doença do mormo em Santa Cruz do Sul. O exame havia sido marcado pela 14ª Coordenadoria Regional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para a próxima segunda-feira. O método é alvo de críticas por ser inconclusivo e causar grande desconforto e dor aos animais. A ação foi movida na manhã dessa quarta-feira pelo proprietário do equino, com o apoio do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos (NCCC) de Santa Cruz do Sul e do Piquete Regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

A decisão judicial autorizou ainda que seja feita a coleta do sangue do animal para a realização do exame chamado de Western Blotting (WB), considerado mais eficaz. A aplicação da maleína era utilizada como segunda etapa para a confirmação do mormo, logo após o teste de fixação de complemento. Caso indicasse resultado positivo, o cavalo seria sacrificado, a exemplo, do que já ocorreu em Rio Pardo em novembro deste ano. 

O presidente do Núcleo de Criadores, Tibicuera Almeida, comemora a decisão do magistrado. Segundo ele, o WB dá maior segurança para os diagnósticos. Almeida propõe que os animais só devem ser sacrificados quando houver a comprovação absoluta da doença. “É um grande avanço. Pelo que temos notícias pode ser a primeira decisão para barrar o uso da maleína. Agora a gente pretende lutar pela adequação da Instrução Normativa 24 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que institui este teste como conclusivo para o diagnóstico do mormo”, afirma. 

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A doença foi o tema de um encontro que ocorreu em Santa Cruz no último dia 10 de dezembro. O 1º Seminário sobre o Mormo – Problemas e Desafios, realizado na Câmara de Vereadores, foi promovido pelo Piquete Regional da OAB e pelo NCCC. O evento contou com palestra da professora do Programa de Pós-Graduação em Equinos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Petra Garbade. Os debates durante a atividade resultaram numa série de argumentos que serão utilizados pelos criadores para pressionar os governos estadual e federal pela alteração nas regras atuais.

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