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Acadêmico de Relações Internacionais é selecionado em concurso da ONU

O estudante do curso de Relações Internacionais da Unisc (RI), Leonardo Alves, foi um dos sessenta universitários selecionados no mundo todo pelo concurso de redação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre multilinguismo, o Many languages, One world – Student Essay Contest and Global Youth Forum, em português denominado pela ONU Brasil de Muitas Línguas, Um Mundo.

Os estudantes selecionados atuarão como delegados do Fórum Global de Juventude do Impacto Acadêmico das Nações Unidas, que será realizado entre os dias 25 e 31 de julho de 2016. No evento, os participantes criarão planos de ação relacionados com a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. Os estudantes apresentarão estes planos de ação na Sede das Nações Unidas em Nova York.

De acordo com Alves, a premiação teve como foco universitários que falassem mais de uma língua e que compreendessem a importância da habilidade multilíngue para a harmonia e o entendimento entre os povos. Para participar era preciso ter mais de 18 anos, ser estudante de qualquer graduação de ensino superior, e receber o endossamento de um professor que recomendasse a participação do aluno, além de ter o domínio de um idioma oficial da ONU (inglês, espanhol, francês, russo, mandarim ou árabe), contanto que este não fosse o idioma materno e nem o idioma de aprendizado da escola. “No meu caso escolhi o espanhol, pois tive inglês no ensino regular”, explica.

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O título do ensaio desenvolvido pelo acadêmico é Culturas que contribuyen para el progreso de la humanidad. “Abordei aspectos da língua com base em dois linguistas bastante conhecidos, Saussure e Benveniste, falando da necessidade do homem de se comunicar. Também falei das particularidades que cada língua possui e que elas representam visões de mundo que podem contribuir de alguma forma na solução dos problemas que enfrentamos hoje. Citei ainda alguns dados sobre a morte das línguas e dos riscos que isso representa para a humanidade, principalmente no caso do Brasil, que possui mais de 180 línguas indígenas. Sempre, relacionando os temas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030”, pontua.

Persistência e superação

Apesar de ficar sabendo sobre o concurso já próximo da data de inscrição, o estudante de Relações Internacionais da Unisc não hesitou em agarrar a oportunidade de participar da premiação. “Eu soube tardiamente sobre a competição. Ela encerrava no dia 31 de março e eu comecei a escrever o ensaio no dia 21. Cerca de 5 dias depois já tinha a estrutura do texto e procurei a professora Mariana Dalalana Corbellini, do curso de Relações Internacionais, para ser a minha endossadora na competição. Como eu já havia estudado alguns semestres de Letras antes de ingressar no curso, não tive muita dificuldade em escrever o ensaio”, divide ele.  “A professora Mariana também me orientou a ser bastante crítico e verdadeiro no que escrevia, o que me levou a redigir sobre a morte das línguas, algo que foi elogiado pelos avaliadores do concurso posteriormente”, destaca.

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A premiação aos ganhadores da competição é uma viagem a Nova York para elaborar atividades e planos que contribuam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030, sendo que ao final, todos participam e discursam no Fórum Global da Juventude, na sede da ONU. Alves conta que, além desta motivação, o fato de receber um certificado da ONU e de ter a chance de colaborar de alguma forma para transformar o nosso planeta, também serviram de incentivo.

“Eu acredito que cada pequena ação que nós fazemos já conta, por isso procuro me engajar em atividades que colaborem nesse sentido como, por exemplo, ser membro da AIESEC, ou participar de concursos como este. Até mesmo separar o lixo em casa ou não jogar lixo nas ruas são atitudes importantes, ter a consciência de que tudo o que fazemos retorna para a gente”, conclui.

Reconhecimento

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“Já recebi uma carta dos organizadores da ELS Educational Services, Inc. assinada pelo CEO da instituição, em reconhecimento ao fato de ser um dos 60 ganhadores – foram 10 a 12 selecionados por idioma oficial da ONU-, entre os 3.635 participantes de 165 países”, conta. O mérito por si só não é o único motivo de alegria de Alves. Segundo ele, o fato de ter sido um dos vencedores representa que tudo o que ele tem feito, tem sido válido, não apenas no que diz respeito aos esforços centrados na competição, mas no que tange suas atitudes como cidadão.

“Digo isso porque o ensaio deveria ser uma reflexão do contexto social e cultural do participante. E saber que há mais pessoas que pensam dessa forma, e que juntos podemos fazer a diferença, já é um prêmio. Além do fato de que, é claro, poder representar uma causa em que acredito seja uma recompensa a todo o esforço e dedicação de todos aqueles que fizeram parte disso comigo: pais, amigos e professores”, finaliza.

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