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Memória

FOTOS: um giro pelos museus do Vale do Rio Pardo

Em prédios históricos, pelas ruas de municípios da região, personagens e objetos dignos de produções cinematográficas ganham as salas de museus. Em ambientes especiais, sob os cuidados de apaixonados por histórias, convidam as novas gerações para uma viagem pelo passado. Mesmo esquecidos, e alguns desvalorizados, mantêm de pé o propósito da preservação.

Enquanto que no Rio de Janeiro um patrimônio se desmancha em cinzas, com o incêndio no Museu Nacional, no início da semana passada, pela região do Vale do Rio Pardo ainda há muita memória viva. Em Rio Pardo, um dos municípios mais antigos do Rio Grande do Sul, as opções para contemplar a história local e do Estado são muitas. Por lá, vale reservar algumas horas e apreciar, com tranquilidade, cada dado e curiosidade sobre os antepassados.

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Os locais recebem visitantes, geralmente, de terça a domingo, das 8 às 12 horas e das 13h30 às 17 horas. Os valores de entrada variam. Mas, para a maioria, é preciso desembolsar apenas R$ 2,00 por pessoa. Caso haja interesse em solicitar acompanhamento de guia de turismo, os contatos podem ser realizados com agência, por meio do telefone (51) 3731-2549.

Confira, a seguir, alguns bons motivos para visitar os principais templos da região. E, se a curiosidade sobre cada item florescer, programe uma viagem para o museu mais próximo!

A capital dos museus

Enquanto lideranças, historiadores e curadores lutam para manter, dia a dia, a preservação da história, alguns museus sofrem com a falta de investimentos. Há um ano, por exemplo, as más condições de conservação do Solar Almirante Alexandrino, que abrigava o Museu Barão de Santo Ângelo, fizeram com que parte de um dos acervos mais importantes do Rio Grande do Sul tivesse que ser transferido para o Centro Regional de Cultura. Com isso, por lá é possível conferir:

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  • A mobília da Câmara Vereadores de Rio Pardo, de 1811, com destaque para a poltrona utilizada como o trono de Dom Pedro II;
  • Moeda do ano de 43a.C.;
  • Cofre da Câmara de Vereadores, também de 1811;
  • Coleções de medalhas, moedas, emblemas e brasões dos séculos 18, 19 e 20;
  • Coleção de objetos dos índios pré-históricos do Vale do Rio Pardo, como boleadeiras, machados lascado e polido e ponta de projétil em pedra, de mais de mil anos.

 

 

Museu do Zoológico: fica na descida da Rua da Ladeira, no Centro de Rio Pardo, e recebe visitas apenas pela manhã. Conta com coleção de mais de 100 animais empalhados. Entre eles, onça pintada e um terneiro de duas cabeças.

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Arquivo Histórico: aqui é preciso agendar horário para visitação. Para isso, basta ligar para a Prefeitura de Rio Pardo, pelo número (51) 3731-1225, das 8 às 14 horas. Destinado à pesquisa, conta com mais de 100 mil documentos históricos. Poucos deles, aliás, já foram transcritos.

Centro Regional de Cultura: também pode ser visitado aos domingos, das 14 às 17 horas. Em breve, por lá, será possível apreciar exposição fotográfica em homenagem à Semana do Município, em outubro. Entre os destaques, no prédio é possível conhecer o Memorial do Exército, com canhões e objetos da antiga Escola Militar, de 1890.

Museu de Arte Sacra, junto à Igreja São Francisco: assim como todo os outros, o prédio, por si só, já é um grande atrativo. Construída em 1785 conta com exposição de estátuas representando Jesus Cristo na Via Sacra, em tamanho natural; imagem da noiva, a Nossa Senhora da Boa Morte; imagens e objetos em madeira, como castiçais; coleção de vestidos de noivas, doados pelas fiéis adoradoras da Boa Morte; e o Santo do Pau Oco, do século 17.

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Santas histórias

Por aqui, em Santa Cruz, o principal museu da cidade fica no Centro, na Rua Marechal Floriano, 274. Lá, no Museu do Colégio Mauá, é possível conhecer detalhes únicos da história de muita gente, dos quatro cantos do mundo. O horário de funcionamento é de terças a sextas-feiras, das 14 às 17 horas. O ingresso custa apenas R$ 3,00 e ainda pode ser adquirido pela metade do valor por estudantes e aposentados. Visitas e mais informações podem ser agendadas pelo número (51) 3715-9604 ou pelo e-mail: [email protected]Como queridinhos do público e de pesquisadores que frequentam o museu, alguns itens que merecem destaque são:

  • Caixa de Música: a peça foi produzida em madeira de abeto, com 12 discos de metal. Cada um deles, com 60 centímetros de diâmetro, possui apenas uma música.
  • Fragmentos do muro da Babilônia: com escrita cuneiforme, foram construídos pelo Rei Nabopolassar em 645AC.
  • Xícara para proteger bigode: a peça, em porcelana, era utilizada por homens do século 19 para proteger o bigode do café ou leite.
  • Cerâmicas Tupi-Guarani: panelas, potes, urnas funerárias com uma diversidade de detalhes e formatos.
  • Máquina de cigarros: de 1920, produzia unidades em formato oval e pertenceu à Companhia de Fumos Santa Cruz.

 

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Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas (Cepa)

Junto ao Memorial, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atende a comunidade por meio de agendamento, sem cobrança de entrada. O horário de funcionamento é das 8 às 11 horas e das 13h30 às 17 horas, de segunda a sexta-feira. As atividades, ligadas ao Projeto Conexão, da Unisc, contemplam palestras, visita guiada ao laboratório e oficinas. Os telefones para contato são (51) 3717-7340 e (51)3717-7384. Mais informações também podem ser solicitadas pelo e-mail [email protected].

 

Do alto da Serra

Se a ideia foi viajar, literalmente, um pouco mais longe, outra pedida é ir até a Casa de Cultura, na Avenida João Antonio, 381, no Centro de Sobradinho. Por lá é possível ver objetos históricos do município, Bíblia de 1860 (escrita em alemão), fragmentos indígenas, entre outras preciosidades. As visitas podem ocorrer de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13 às 17 horas, com entrada gratuita. Os contatos podem ser feitos pelo telefone (51) 3742-1804 ou pelo e-mail [email protected].

 

Na companhia de um bom chimarrão

Na Rua Osvaldo Aranha, 1021, no Centro de Venâncio Aires, um dos prédios chama a atenção pela sua imponência. Em 1999, aliás, a estrutura resistiu a um incêndio ocorrido em um estabelecimento ao lado. Graças ao trabalho dos Corpos de Bombeiros local, de Santa Cruz e de Estrela, hoje o Museu de Venâncio Aires permanece de portas abertas para receber admiradores de todos os cantos.

Na Capital do Chimarrão, o horário de funcionamento do museu é de terça a sexta-feira, das 13h40 às 16h50 e em domingos alternados (1º e 3º do mês), das 15 às 18 horas, com entrada gratuita. Para o agendamento de escolas e grupos de turismo basta ligar para (51) 3741-5713 ou enviar email para [email protected]. Lá, entre as 80 mil peças, algumas merecem destaque:

  • Realejo: o instrumento musical foi produzido em Berlim e data do início do século passado.
  • Exposições arqueológicas: elaboradas com o auxílio da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), retratam os mais de 50 sítios arqueológicos existentes no município.
  • Vestidos pretos de noivas: no local há três peças em exposição. Além disso, os visitantes também podem apreciar mais de 100 imagens de mulheres vestidas com os modelos.
  • Bicicleta de madeira: fabricada em 1904 pelo venâncio-airense Nicolau dos Santos, nos primeiros anos não contava com pedal.

 

Sempre grande

Distante cerca de meia hora de Rio Pardo, o município de Pantano Grande também reserva belezas para ver no Museu Biblioteca Erico Mário Raabe, na Rua Machado de Assis, 48, no Centro. Por lá, das 8 às 17 horas, sem fechar ao meio-dia, é possível conhecer peças únicas, sem precisar desembolsar qualquer grana. Os contatos são (51) 3734-1602, (51) 3734-2220 e os e-mails [email protected] ou [email protected]. Algumas atrações:

  • Fóssil de árvore petrificada: oriundo do município de Mata, na região de Santa Maria, foi encontrado por um sacerdote, no início do século.
  • Bomba de gasolina de década de 50;
  • Livro datado de 1912: a obra, considerada raridade, era da Professora Gonçalina Torres, umas das primeiras de Pantano Grande.

 

Em meio aos dinos

Conhecida como o berço dos dinossauros, sendo que muitos fósseis já foram encontrados por lá, em Candelária, no Museu Aristides Carlos Rodrigues, as visitas, gratuitas, podem ser realizadas somente por meio de agendamento. Para isso basta ligar para (51) 99995-9313 ou escrever para [email protected]. No município, o prédio fica na Rua 15 de novembro, 604. O que ver lá?

  • A maior coleção de esculturas de animais pré-históricos triássicos do Brasil;
  • Parte do esqueleto e réplica do Botucaraitherium belarminoi, pequeno proto-mamífero, presa de dinossauros;
  • Conjunto de ossos de vários Jachaleria, últimos dicinodontes do Planeta;
  • Apresentação de como era, em vida, o maior predador do Triássico, um grande réptil de sete metros de comprimento;
  • Dois exemplares, em réplica, do Guaibassaurus candelariensis, um dos 20 dinossauros mais antigos do mundo.

 

O prazer de colecionar

Na Capital da Gincana, o Museu Municipal Emílio Osmundo Assmann recebe visitantes somente por agendamento. Em Vera Cruz, grupos de, no máximo, 12 pessoas podem programar visitas ao acervo, na Rua Ipiranga, 715, nas terças, quartas e quintas-feiras. Os contatos são: (51) 3718-1826 e [email protected]. Alguns dos destaques:

  • Gabinete do primeiro prefeito, Nestor Frederico Henn;
  • Berço de vime, fabricado em torno dos anos 1920 e 1930.
  • Harmônio da Igreja Imaculada Conceição, a primeira de Vera Cruz;
  • Gramofone, a peça mais antiga do museu, de 1890;
  • Memorial da Apicultura Professor Hugo Muxfeld, que foi o pioneiro da atividade no Brasil.


 

Museu a céu aberto

Em General Câmara, os turistas e moradores podem apreciar um verdadeiro museu pelas ruas do município. No distrito de Santo Amaro é possível apreciar 15 prédios na vila histórica. O conjunto de antigas construções, aliás, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1998. Entre elas, estão o Hotel de Santo Amaro, Igreja Matriz e Estação Férrea. 

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