O presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Guilherme Campos, acredita que até a semana que vem será possível anunciar o plano de demissão incentivada para os servidores. Até 13 mil funcionários estariam em condições de aderir à saída voluntária, mas ele acredita que entre 6 e 8 mil deixarão os Correios. Segundo o presidente, todo o trabalho de preparo do plano foi concluído e a proposta está na fase final de autorização.
Campos explicou que o plano tem foco naqueles que já atingiram idade de aposentadoria ou estão aposentados pelo INSS. Informou ainda que a proposta prevê complementação salarial a ser paga durante oito anos aos que se desligarem.
Questionado sobre o prejuízo da estatal neste ano, ele disse que esse valor ainda está sendo calculado, mas deve repetir a perda registrada em 2015, que foi da ordem de R$ 2,1 bilhões. Ressalvou, no entanto, que, com medidas que serão adotadas e as já em andamento, esse prejuízo tende a ser revertido a partir do ano que vem.
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Como vai funcionar
Os Correios estimam que, se for bem-sucedido, o PDV trará economia de R$ 850 milhões a R$ 1 bilhão por ano. A estatal tem como foco funcionários com mais de 55 anos, aposentados ou com tempo de serviço para requerer a aposentadoria. Segundo os dados da empresa, o pessoal nessa faixa etária representa pouco mais de 15% dos 117,4 mil empregados. Para incentivar a adesão ao plano, a empresa deve oferecer uma espécie de “salário-demissão”. Os funcionários que aderirem vão receber uma parcela do salário por oito anos. O porcentual ainda não está fechado, mas a expectativa é de que fique em torno de 35% para a adesão dos funcionários mais velhos, a partir de 58 anos. A partir daí, o porcentual iria caindo. (AE)
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