O técnico Muricy Ramalho deixou o comando do São Paulo após um ano e meio no clube. Além da crise dentro de campo, o treinador também preferiu se afastar devido a problemas de saúde. Na próxima semana, ele passará por uma cirurgia para retirada de pedra na vesícula.
Nesta segunda-feira, 6, Muricy se encontrou com a diretoria para definir a saída. Ele chegou a sentir uma indisposição pela manhã e foi ao médico para uma consulta. Na terça-feira, ele vai se despedir dos jogadores. O substituto ainda não foi definido.
Muricy vinha sendo muito criticado dentro e fora do São Paulo, mas era bancado pelo vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, que, inclusive, ganhou muitos desafetos por causa de sua atitude. Foi ele quem convenceu o treinador a permanecer após a derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, quando o técnico colocou o cargo à disposição.
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Outra forte crítica a Muricy era com relação aos treinamentos. O comandante usava métodos considerados antigos para comandar as atividades no CT da Barra Funda. Os treinos recreativos, tradicionais nas vésperas dos jogos, viraram alvos de constantes cobranças de torcedores. No dia a dia, ele também pouco optava por trabalhos especificamente táticos, com o intuito de ajustar a equipe. A ideia, exposta por ele próprio, era arrumar o time na base da conversa. Essa opção desagradava pessoas do clube de uma forma geral.