O técnico Luiz Felipe Scolari demonstrou irritação durante a entrevista coletiva após a derrota do Grêmio para o Coritiba neste sábado, 16, no Couto Pereira, por 2 a 0. Durante a semana, o treinador terá que remobilizar o elenco para que o Grêmio possa iniciar um reação contra o Figueirense no próximo sábado, na Arena.

As respostas foram breves e o comandante gremista tratou de minimizar o revés em Curitiba. “A palavra de ordem foi que nada deu certo. Nada deu certo. Só se consegue alguma mudança quando se trabalha na dificuldade, mais do que quando a gente está bem”, resumiu.

Felipão não chegou a tecer críticas sobre os erros e a atuação ruim da equipe. Mas ressaltou a postura agressiva do Coritiba, que fez valer o fator local. “Acredito que foi porque o Coritiba foi diferente do CRB e se impôs. (Os erros) foram aqueles que vocês notaram. Os que vocês provavelmente tenham colocado nas crônicas de vocês, e que eu vou colocar para os meus jogadores depois. A palavra de ordem foi a de que nada deu certo e de que, temos muito trabalho pela frente”, analisou.

Ele admitiu que está chateado como o início ruim no Brasileirão e chegou a responder de forma ríspida em questões sobre a diferença técnica entre as equipes que o Grêmio enfrentou e se o time irá sofrer durante o campeonato.

“Todos nós sabemos disso. A torcia sempre foi notificada e foi passado para ela que enfrentaríamos dificuldades. Vocês (imprensa) colocam as coisas. Assumam as coisas de vocês. Nunca ouviram de nós que os adversários são inferiores. Nunca falamos porque sabemos da nossa limitação. Teremos dificuldades. Estamos trabalhando em cima disso. Não vou discutir o que vocês pensam. Não acho que sejamos superiores”, sentenciou.

Ainda no intervalo de partida, neste sábado, os gremistas que ocuparam o setor de visitantes do Couto Pereira se voltaram na direção dos camarotes ocupados pelos dirigentes no estádio e protestaram. Quem acabou por ouvir as palavras de protesto dos gremistas foi o diretor de futebol César Pacheco e os demais integrantes da delegação que foi a Curitiba. O presidente Romildo Bolzan Júnior não estava presente.