Uma visita a Recife precisa levar em conta, necessariamente, uma ida a Apipucos. E, neste bairro, que ainda se equilibra sobre sua característica residencial, conciliando-a com o flagrante desenvolvimento comercial e de serviços, um passeio por dois dos mais importantes endereços culturais do Brasil: a Fundação Gilberto Freyre, instalada na casa que o escritor e sua esposa Magdalena, bem como os filhos Sônia e Fernando, habitaram; e a Fundação Joaquim Nabuco, não longe dali, para cuja constituição, aliás, Freyre fora determinante, e um entusiasta.

A exemplo do sociólogo e pesquisador, Nabuco deve dispensar apresentações a todo aquele que tenha uma mínima bagagem de leitura sobre a história brasileira. Abolicionista de primeira hora, foi um dos mais acurados e inteligentes pensadores que o Brasil já viu surgir. E a fundação dedicada em sua memória tem, em seu terreno, outro endereço referencial, o Museu do Homem do Nordeste, no qual, em uma visita de uma hora, o espectador pode fazer um recorte do que de mais relevante ocorreu em toda essa região brasileira ao longo dos séculos.

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Outros nomes e outros endereços de Recife devem ser considerados em um roteiro cultural e histórico. Como abdicar, por exemplo, de uma tarde no Instituto Ricardo Brennand, ou no Castelo de Brennand, como é conhecido, no Bairro Várzea? É um dos mais completos acervos (se não o mais completo) disponíveis no País para compreender melhor a presença holandesa naquela região no século 17. Obras de arte, armas, armaduras, peças de vestuário, há de tudo. E há ainda o ateliê e o parque de esculturas de Francisco Brennand, a vida e a obra de Joaquim Cardozo, de Ariano Suassuna… Há muito a ver nessa cidade!

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