A equipe da 8ª Expedição Os Caminhos do Tabaco chegou ao Rio Grande do Sul nessa quarta-feira, 8. As duas primeiras propriedades gaúchas incluídas no cronograma de visitas foram em Venâncio Aires. Em ambas, os produtores encontraram meios para garantir a rentabilidade e ampliar a produtividade. Diante da extrema falta de chuva, a irrigação representou menor custo e desenvolvimento adequado para as plantas.
Em Linha Arroio Grande, os pais Elstor, de 66 anos, e Ivone, de 64, mais o filho Eduardo Bencke, de 27, dividem a produção de tabaco. Eles plantaram, em cerca de dois hectares, 33 mil pés, com um diferencial em relação aos demais que já receberam a Expedição. Parte do que é colocado na lavoura é do tipo “amarelinho”, uma variação que tem conseguido melhores valores no momento da compra, mas também exige maior cuidado em razão de passar por avaliação mais rigorosa.
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“O amarelinho recebe muita atenção porque é mais sensível ao calor, por exemplo. Ele aguenta até 30 graus. Mas tudo dando certo, o preço é melhor e a negociação, mais fácil”, frisa Elstor. Mesmo diante desse diferencial, Eduardo e a namorada, Denise Faust, entenderam que era necessário um incremento, sobretudo na parte de hortaliças da propriedade.
Durante o período de pandemia, eles criaram a Ecohorti, que é um delivery de hortigranjeiros. Por meio das redes sociais, ampliaram o atendimento e garantiram mais vendas. Com a redução da intensidade e gravidade de casos de Covid-19, houve uma mudança no método, mas os bons resultados continuaram. “Atendemos agora menos pessoas físicas, mas ampliamos o serviço com empresas”, explica Eduardo.
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Para manter a entrega e garantir bons produtos, no entanto, foi preciso encontrar um meio de irrigar. Assim, mesmo em área menor, ele consegue desenvolver as plantas. Muitas mudas, porém, ainda esperam por uma chuva para ganhar lugar na lavoura.
Ferti-irrigação
Na propriedade gerenciada por Elestor, de 69 anos, e Astor Fagundes, 36 – pai e filho –, em Estância São José, Venâncio Aires, a irrigação também é um fator positivo. O mecanismo demandou grande investimento da família, mas também é responsável por garantir bons resultados em parte dos 160 mil pés plantados, além do milho na resteva. Diferentemente da maior parte do que se vê pelo Estado, está verde e crescendo até acima da média.
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Astor conta que a estrutura foi pensada como ferti-irrigador, que possibilita a aplicação de insumos com mais agilidade, demandando menos mão de obra. Isso representa menor custo. “Escalona melhor. Para se ter uma ideia, para aplicação do salitre, foi possível diminuir a quantidade de produto e a mão de obra. Além disso, a produtividade foi maior onde foi ferti-irrigado”, exalta.
Apesar dos bons números dessa safra, a tendência é que a quantidade de pés seja reduzida para a próxima temporada, pois Elestor completa 70 anos na próxima semana e optou por aposentar-se da lavoura. “Não quer dizer que vou abandonar totalmente, mas não tenho mais idade para pegar junto como precisa”, argumenta.
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