Fale sobre sua memória mais antiga do futebol, algo marcante que você viveu.

São dois momentos importantes: o primeiro titulo pelo Linha Santa Cruz, em Linha Arlindo, no (campeonato) Cinturão Verde de 1991, pela circunstância do jogo e pela virada histórica, além do título municipal de 1994 frente ao Castro Alves, pelo equilíbrio das duas equipes. E a memória mais antiga é uma quadra de futsal de chão batido, iluminada, na escola da Linha Brasil, que meu pai, Arneldo Desbessel, tinha há 50 anos.

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O esporte, em si, deixa um legado de amizades, principalmente. Cite algumas delas, rivalidades que sempre respeitou e grandes jogos que disputou como dirigente.

Meu grande mestre na vida e na bola foi Pedro Paulo Kirst (Pedrão), e meu adversário mais difícil de todos os tempos foi Hélio Bohnen. Tinham dois “pau-ferros”, que eram o Marco Aurélio Rabuske e o André Sehnem (Bide). Todos os jogos que a camiseta do Linha esteve envolvida são marcantes, assim como o mais importante sempre é o próximo.

Como você vê o nível técnico do futebol hoje em dia, amador e profissional, compare com a década de 90, por exemplo. Faça uma seleção amadora desta década.

Até meados dos anos 2000 o futebol era extremamente técnico, pelo fato de a parte física não ser tão científica quanto é hoje. Os que se sobressaíam fisicamente faziam a diferença. De lá pra cá, a parte fisica e o cumprimento de funções deixaram o futebol mais mecânico, e aqueles que conseguem colocar e desenvolver toda a parte tecnica se sobressaem também. Minha seleção, de difícil escolha, ficou assim: Sono; Marquinhos Werlang, Thume, Wartchow e Vandi; Toco, China, Aurélio e Marcos Rivelino; Zildo e Valdir.

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