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da terra da gente

Por que tanta discórdia e violência?

É constante o confronto com condenáveis atos de violência pelo mundo afora, assim como por perto de cada um de nós. A tão decantada, acalentada e necessária paz fica cada vez mais distante. E a cada dia surgem novas provas de que os seres humanos não conseguem um ponto de equilíbrio que os levem a conviver em paz, ou tentam fazê-lo justamente se armando ainda mais.

Além do contínuo aumento dos investimentos do Oriente Médio em armas, assim como acontece também com os principais fornecedores, a partir dos Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental, motivada pelo incremento de conflitos mundiais, decidiu ampliar seus gastos em defesa de 2% para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) de seus países membros. O medo comanda o mundo, as pessoas e os dirigentes, e justifica tudo.

O Oriente Médio, em particular, está em conflito desde milhares de anos a.C. (antes de Cristo) e nem a chegada Dele, com sua mensagem de paz, acalmou os ânimos em seus antigos povos, a ponto de crucificá-lo. Isso não só por nunca se entenderem, mas também pelos múltiplos interesses mundiais em jogo, por parte de grandes potências, que passaram a se misturar e entornar ainda mais o caldo. Ou seja, nenhuma esperança real de paz contínua ali se mostra, só fazendo lamentar a sorte humana.

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Os interesses pessoais/grupais egoístas e o lado violento da natureza humana, infelizmente, se sobrepõem, junto com o cultivo de certezas de tudo que é tipo, que levam a pressupor superioridades, dificultam a convivência com os outros, ou melhor, com as suas diferenças. As discórdias e conflitos (e logo mais, as guerras) estão presentes desde a existência da raça humana (ou pelo menos a partir da existência de mais de uma pessoa), e parece que vão continuar para sempre.

Livros retratam estas questões e uma reflexão interessante a respeito foi feita recentemente (2004) sobre uma lendária contenda que teria acontecido lá pelos séculos 13 e 12 a.C., em publicação do professor gaúcho Cláudio Moreno (mais uma boa indicação da nossa “Lista de Schneider”, Elenor), intitulada “Troia – romance de uma guerra”. Quando se refere à Eris, a deusa da discórdia (havia então deus e deusa para tudo que se possa imaginar), aponta uma justificativa bem argumentada do comportamento humano neste caso.

A referida deusa da lenda, escreve o autor, “insuflava, na mente de cada um, a ideia perigosa de que ele era superior aos outros e de que seu direito deveria vir primeiro. Isso sempre dava certo, porque ambos os lados, acreditando estar com a razão, levavam a discussão adiante até chegar ao conflito e, às vezes, à guerra e à morte”. E, no caso de Troia, não foram poucos os anos de guerra e mortes na sua região considerada, que hoje ficaria no início da Turquia, também normalmente incluída no Oriente Médio, como se sucedem e não param de ocorrer na vida real.

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Elas não acontecem em nosso país ou perto de nós, mas não escapam de nossa atenção e precisariam também de nossa reflexão e ação. Embora os brasileiros não enfrentem mais guerras, já comuns no passado, a violência continua presente em toda parte e vivemos nossos conflitos diários, brigando por qualquer razão, o que facilmente leva a divergências e consequências mais graves. Somos seres humanos cheios de defeitos, mas também de muitas virtudes. Se quisermos manter alguma esperança, coloca-se como dever de cada um tentar fazer prevalecer sempre o lado bom e pacífico, para contribuir com pequena, mas importante participação para que a bela palavra “paz” seja também uma bela ação cotidiana.

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