As obras de duplicação da RSC-287 voltaram ao centro do debate entre Santa Cruz do Sul e o Governo do Estado. Em reunião realizada nesta quarta-feira, 9, no Palácio Piratini, o prefeito Sérgio Moraes cobrou melhorias no projeto da rodovia, especialmente em relação aos acessos às localidades de Pinheiral e Seival. O encontro com o governador Eduardo Leite também tratou do custeio da saúde pública, com pedidos de reforço financeiro e maior participação estadual nos atendimentos de média e alta complexidade.
Além do prefeito, participou da reunião, a deputada estadual Kelly Moraes; o diretor da Saúde do município, Yago Kruger Calabrese; o empresário Mathias Bertram, presidente do Conselho de Desenvolvimento do Pinheiral (Codepin); o engenheiro civil Everton Henrique Ferreira; e a chefe de gabinete Juliana Bach. A comitiva santa-cruzense pediu a inclusão de retornos, rotatórias, vias marginais, redutores de velocidade e faixas de pedestres ao longo do trecho que corta comunidades do interior. As intervenções, segundo o prefeito, são essenciais para garantir a segurança da população e a fluidez do tráfego.
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“Pinheiral tem potencial para crescer. É uma área urbana que precisa de infraestrutura adequada. Sempre apoiamos a duplicação, mas queremos ser ouvidos”, destacou Mathias Bertram. Ele lembrou que, por lei, a Linha Pinheiral é reconhecida como área urbana desde 1998, do quilômetro 91 ao quilômetro 94, com pagamento de IPTU — mas essa condição não foi considerada no projeto atual da rodovia.
A deputada Kelly Moraes também reforçou a importância do diálogo. “Apesar das obras estarem acontecendo em um ritmo satisfatório, há pontos que ainda precisamos de respostas. Nosso compromisso é debater até o fim para que os moradores sejam impactados o mínimo possível”, afirmou.
O secretário estadual de Logística e Transportes, Pedro Capeluppi, informou que o projeto executivo com as soluções para acessos e rotatórias ainda não foi entregue pela empresa responsável, mas que será apresentado ao município assim que estiver disponível.
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Saúde: pedido de reforço financeiro para diminuir filas
Outro ponto central da reunião foi o financiamento da saúde pública. A comitiva apresentou os resultados do programa Menos Fila, Mais Saúde, lançado em abril, que vem reduzindo a fila por atendimentos de baixa e média complexidade. No entanto, alertou para a urgência de apoio estadual na ampliação dos procedimentos de alta complexidade, que ainda têm cerca de mil pessoas aguardando.
Foi destacado o desequilíbrio nos repasses ao Pronto Atendimento do Hospital Santa Cruz (HSC), que tem custo mensal superior a R$ 1 milhão. Do total, cerca de 70% são bancados com recursos municipais, enquanto o Estado participa com apenas 19,75%. Em 2024, o hospital atendeu pacientes de 440 municípios, evidenciando seu papel regional.
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Cemai, Hospitalzinho e Teto MAC
A comitiva também solicitou apoio para a revitalização da Casa de Saúde Ignes Irene Moraes (Hospitalzinho) e a substituição do telhado do CEMAI, além do reforço no Programa Assistir e da recomposição do Teto Financeiro da Saúde (Teto MAC). Entre 2021 e 2024, Santa Cruz custeou cerca de R$ 6 milhões em atendimentos realizados acima do limite financiado pelo SUS, o que pressiona o orçamento municipal.
“Não é admissível que um paciente espere até oito anos por uma cirurgia. Essa é uma realidade que precisa ser enfrentada com urgência, e por isso me somo ao pleito do município”, declarou a deputada Kelly Moraes.
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O governador Eduardo Leite reconheceu os desafios enfrentados pelos municípios e afirmou que o Estado projeta novos investimentos na área da saúde, com foco na ampliação da oferta de procedimentos de média e alta complexidade.
Além de Leite e Capeluppi, participaram do encontro a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, e a secretária de Relações Institucionais, Paula Mascarenhas.
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