Nós somos fruto da família que nos criou, somados às relações que travamos ao longo da vida, mundo afora. Ser pai/mãe é ser exemplo, mas só aprendemos a veracidade desse adágio ao envelhecer. Nessa fase lembramos de frases e comportamento daqueles que nos criaram.
– Como meu pai e minha mãe agiriam nesta mesma circunstância? – perguntamos a nós mesmos repetidamente.
Faço esse raciocínio ao acompanhar o noticiário do cotidiano. É cada vez mais difícil encontrar exemplos inspiradores, do tipo “eu queria ser assim”. Mas acontece o contrário porque multiplicam exemplos de pessoas públicas que envergonham a raça humana.
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Líderes, muitos eleitos pelo voto popular, são sinônimos de vergonha. Adotam comportamentos ofensivos para quem cultiva valores e princípios herdados do berço. Apesar disso, estão na ribalta. Ilustram manchetes de jornais e de noticiários em rede nacional. Muitas vezes são fulminados por denúncias (comprovadas) de corrupção, mas meses depois retornam à cena.
Infelizmente não é preciso buscar no noticiário político ou policial gente de comportamento lamentável. Basta olhar à nossa volta para encontrar pessoas tóxicas para jovens e crianças. Em plena era da comunicação total, torna-se cada vez mais complicado encontrar seres humanos que apenas discordam.
Todas as ferramentas tecnológicas colocadas à disposição para o entendimento entre seres humano tornam-se armas letais de destruição de biografias. Distorções, manipulações e construção de narrativas mentirosas orbitam em todos os segmentos da vida brasileira.
O controle das chamadas redes sociais surge com o condão de conter mentiras que entram pelo celular e computador. Mas quem fará a triagem para determinar o que deve ou não ser publicado? A era da radicalização não poupa ninguém.
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Pessoas “acima de qualquer suspeita” nos surpreendem de forma negativa, adotando comportamentos deploráveis em troca de favores e privilégios. Nesta toada, se impõe a pergunta: quem, atualmente, serve de exemplo para as gerações futuras?
Neste mundo de consumismo e ostentação, é cada vez mais complicado encontrar alguém “digno da nossa paixão”. Basta conhecer alguém que merece nosso respeito para, logo em seguida, surgir uma denúncia desabonatória. Além de indignação, esses episódios nos enchem de revolta e desesperança. Fica um sentimento de impotência nesta epidemia de mau-caratismo generalizado.
Apesar das sucessivas decepções, somos resilientes, ou seríamos teimosos? Insistimos em acreditar no ser humano, embalados pela esperança de que, em alguma esquina qualquer da vida, encontraremos alguém que irá arrancar de nós uma expressão:
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– Este sim, tem o meu respeito. É digno de admiração, homenagem e serve de exemplo!
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