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VULNERABILIDADE SOCIAL

Santa Cruz reforça ações de acolhimento a pessoas em situação de rua

Foto: Rodrigo Assmann/Banco de Imagens

Albergue Municipal está instalado no Bairro Bom Jesus. Em cerca de um ano, mais de 11 mil pessoas foram atendidas no local

Com a queda nas temperaturas, cresce a preocupação com aqueles que enfrentam o frio nas ruas e se acende o alerta sobre as pessoas em vulnerabilidade social. Conforme a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Inclusão, não há um número preciso das pessoas em situação de rua em Santa Cruz do Sul, mas estima-se que cerca de 200 indivíduos vivam nessa condição.

Muitos deles são oriundos de outros municípios, onde não há estrutura adequada para atendimento, ou estão apenas de passagem. Também há quem, embora tenha residência fixa, permaneça nas ruas pedindo doações ou alimentos. A secretaria aponta que um dos principais fatores associados ao número de pessoas em situação de rua é o fácil acesso e o uso de substâncias psicoativas.

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Para enfrentar essa realidade, o Município reforça o atendimento no Albergue Municipal (Rua São José, 2.381, Bairro Bom Jesus). Desde 10 de junho, o local passou a operar em regime de 24 horas em razão do inverno. São atendidas, em média, 35 pessoas por dia. Ao longo de um mês, 90 indivíduos em situação de rua são acolhidos pelo serviço.

Segundo a secretaria, o período de maior procura é o noturno, por causa das baixas temperaturas. Nesse momento, a entrada ocorre entre 19 horas e 20 horas. Durante o dia, permanecem no local aqueles que pernoitaram, os acolhidos por meio de abordagens sociais e os que chegam de forma espontânea. São oferecidos café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. De junho de 2024 a julho deste ano, aproximadamente 11,2 mil atendimentos foram realizados no espaço.

O Albergue Municipal disponibiliza serviços como atendimento psicológico, encaminhamento para vagas de emprego, tratamento especializado em dependência química, atendimentos na área da saúde, emissão de documentos, acesso a benefícios sociais e atualização do Cadastro Único. Também há ações para fortalecimento de vínculos familiares, por meio de busca ativa. 

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Além do acesso voluntário, um dos principais meios de ingresso no albergue é a abordagem social, realizada por educadores sociais sempre que há solicitação. Os profissionais orientam e informam sobre os serviços disponíveis na rede de assistência. Apesar das ações diárias, a adesão ainda é baixa, e muitos dos abordados estão sob efeito de álcool ou outras substâncias, o que exige estabilização do quadro de saúde. 

Desde janeiro, 220 abordagens foram feitas. O serviço pode ser acionado pelo telefone do Albergue Municipal – (51) 99844 2604 – ou pela Guarda Municipal (153). A pessoa em situação de rua tem o direito de decidir se deseja ou não ser acolhida.

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Trabalho solidário também leva apoio

Apesar de não estar produzindo refeições para moradores de rua, o Grupo do Bem atua na entrega de lanches em diversos bairros de Santa Cruz e para pessoas em vulnerabilidade social. Segundo a presidente do grupo, Luciana Tremea, também há feiras nos bairros, com repasse de roupas, calçados, cobertores, roupas de cama, travesseiros, louças, móveis e cestas básicas. “As doações são entregues conforme chegam pedidos pelas redes sociais e WhatsApp”, afirma. 

Grupo do Bem realiza diversas ações sociais, como a entrega de lanches em diferentes bairros da cidade

O Grupo do Bem se mantém por meio de doações anônimas e voluntárias e com o Brechó do Bem, que retém recursos para compra de alimentos, fraldas e itens ortopédicos, além da manutenção da caminhonete do grupo e outras despesas e necessidades. Conta ainda com o Projeto Regar, que oferece aulas de costura criativa, crochê e bordado. A iniciativa é realizada uma vez por semana no pavilhão da Paróquia Ressurreição. 

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O grupo não tem vínculo com a Prefeitura, apenas parceria em momentos específicos, como durante os períodos de enchentes. Em relação ao recebimento de recursos, a entidade já teve ajuda do Sicredi e da Vara de Execução Criminal (VEC) para execução de projetos.

Mais de mil almoços gratuitos a cada dia

As cozinhas comunitárias de Santa Cruz do Sul são responsáveis por fornecer refeições equilibradas e saudáveis, prioritariamente para pessoas em situação de vulnerabilidade social atendidas pela rede socioassistencial. Elas funcionam de segunda a sexta-feira.

O Município, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Inclusão, conta com cinco cozinhas comunitárias – Santa Vitória, Beckenkamp, Faxinal, Imigrante e Bom Jesus – e três pontos de distribuição de refeições – Margarida, Progresso e Mãe de Deus. Em torno de 1,1 mil almoços diários são servidos à comunidade, gratuitamente. O cardápio é elaborado por uma equipe técnica de nutricionistas da Divisão de Segurança Alimentar.

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Município tem cinco cozinhas comunitárias e três pontos de distribuição de refeições

O público prioritário são pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, referenciadas por unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Para ter acesso ao benefício, é necessário passar por avaliação técnica individualizada.

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Atualmente, duas cozinhas são geridas diretamente pela Prefeitura (Santa Vitória e Beckenkamp) e três são operadas em parceria com o Centro Social Gideões (Faxinal, Imigrante e Bom Jesus), por meio de termo de colaboração. Além de atender os moradores das comunidades locais, essas unidades produzem refeições destinadas aos abrigos municipais, ao albergue, Caps e serviços de convivência voltados a crianças, adolescentes e idosos.

O Banco de Alimentos de Santa Cruz do Sul, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Inclusão, também atua no combate à fome e ao desperdício. O espaço armazena alimentos que são destinados às cozinhas comunitárias, programas e projetos da Prefeitura, além de entidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade.

Somente no primeiro semestre deste ano, cerca de 6 toneladas de alimentos não perecíveis foram arrecadadas por meio de campanhas solidárias, eventos privados, shows, ações da Prefeitura e doações espontâneas. A meta é aumentar esse número em 50% em relação ao ano anterior, alcançando 16 toneladas até dezembro. Para isso, a colaboração da comunidade santa-cruzense é fundamental na promoção da solidariedade e na garantia de uma alimentação digna a quem mais precisa.

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