O psicanalista, escritor e poeta mineiro Hélio Pellegrino foi uma autoridade e uma celebridade de renome nacional ao longo de décadas. Engajado, lutador por causas sociais, era militante de primeira hora da esquerda, como se pode conferir em 1968, o ano que não terminou, de Zuenir Ventura. Ainda que a atuação dele tenha ocorrido em especial no Rio de Janeiro, onde se radicou, seu nome deve gerar interesse também em Santa Cruz do Sul.
Por um motivo de forte significado no cenário cultural. Acontece que Pellegrino foi o segundo marido da escritora santa-cruzense Lya Luft. Eles se conheceram em 1984, quando Lya já havia estreado como romancista (lançara As parceiras em 1980), e eles se casariam nove meses depois do primeiro encontro. Até então, Lya vivera o relacionamento com o professor e linguista Celso Pedro Luft, com o qual tivera três filhos. Deixou-o para se unir a Hélio, no Rio. Mas Pellegrino faleceu em 1988, em virtude de problemas cardíacos.
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Agora, um livro que acaba de chegar às livrarias permite conhecer um pouco melhor esse expoente cultural. Hélio Pellegrino, meu pai, é assinado pelo seu filho João Pellegrino, jornalista, compositor e escritor, e a edição é da Rocco, em 128 páginas, a R$ 59,90. Esse intelectual de primeira grandeza é flagrado a partir de um ponto de vista de afeto, como uma biografia assinada pelo caçula de sete filhos. Muitas das passagens de formação e de atuação política e social de Hélio são reavivadas, numa contribuição pertinente para relembrar um mestre das letras do Brasil.
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