Cidadãos comuns, entidades e organismos, em todo o planeta, passam a maior parte do tempo enfatizando a necessidade de paz e de harmonia entre pessoas e povos. No entanto, na exata medida em que emitem tal discurso, quase sempre estão às voltas com demagogos e pretensos ditadores, se não autocratas de fato. Para piorar o contexto, muitos deles são, ironicamente, eleitos pelo voto direto, o que evidencia que talvez o modelo de definição de lideranças esteja completamente falho ou ultrapassado.
Quem adverte para tal fato é uma jornalista que recebeu reconhecimento internacional por sua postura marcada pela lucidez e clareza com que define um cenário de hiperconcentração de poder e perseguição a liberdades individuais. É a filipina Maria Ressa, 61 anos, que em 2021 obteve o Prêmio Nobel da Paz por sua determinação em lutar contra a perseguição desenfreada do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, a milhares de pessoas, muitas delas assassinadas, presas ou obrigadas a fugir do país.
Em livro lançado no Brasil pela Companhia das Letras, compartilha sua jornada. Como enfrentar um ditador: a luta pelo nosso futuro, em 429 páginas, a R$ 69,90, recupera essa longa trajetória de dedicação a promover um mundo esclarecido, igualitário, justo e, claro, livre. Prefácio assinado pela jornalista brasileira Patrícia Campos Mello contextualiza a importância de Maria Ressa para o universo da comunicação. Lê-la é também um exercício de engajamento em nome da resistência às autocracias.
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