O prefeito de Santa Cruz do Sul, Sérgio Moraes, durante entrega do novo Centro de Terapia Endovascular do Hospital Santa Cruz, pelo governador Eduardo Leite, nessa segunda-feira, 1º de setembro, aproveitou para reforçar a necessidade de ampliação de autorizações e subsídios para a alta complexidade, sobretudo para cirurgias de traumatologia.
“Um projeto para cuidar dos idosos, que já estamos conversando com o governador, é relacionado a cirurgias de traumatologia. Temos que tirá-los da cama e auxiliar na locomoção deles. Hoje estamos prevendo cirurgias para operar um fêmur, joelho, por exemplo, para daqui a 11 anos. Precisamos resolver o mais rápido possível. A alta complexidade é hoje o maior gargalo”, afirmou.
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O governador Eduardo Leite explicou que um programa estadual está sendo elaborado para atender à demanda da alta complexidade. Segundo ele, a meta é aplicar cerca de R$ 1 bilhão até o fim da gestão.
“Vamos fazer um investimento robusto para a complementação das tabelas do SUS, que são defasadas. O SUS nacionalmente remunera muito mal muitos procedimentos. Então os hospitais não têm fôlego, até querem fazer mais cirurgias, mais procedimentos, mas o que o SUS paga é muito baixo. Assim, o Estado vai fazer uma complementação, um valor adicional nessa tabela para fazer com que os hospitais tenham disposição de assumir novos serviços e, assim, a gente possa reduzir filas de espera.”
Leite ressaltou que as filas de espera em traumatologia, oftalmologia e outras áreas críticas da saúde no Rio Grande do Sul devem reduzir consideravelmente. “O programa que intitulamos de SUS Gaúcho vai ser um diferencial para que possamos ampliar muito os atendimentos e reduzir filas. Devemos anunciar o programa em breve e queremos rapidamente contratualizar com os hospitais, porque temos pressa.”
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A secretária Arita Bergmann destacou a importância de firmar uma parceria com o hospital para tratamento de feridas crônicas. “Aqui na região temos uma grande população acima de 60 anos e que precisa de serviço especializado. Temos idosos que já são atendidos em diversos ambulatórios, mas possuem fragilidades, demências, Alzheimer e necessitam dessa atenção especial.”
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A entrega oficial do aparelho angiógrafo, cujo investimento foi de R$ 3.972.489,67 por meio do Programa Avançar, do governo do Estado, ocorreu em meio à expectativa de avanços na saúde local e regional. O novo aparelho substitui uma estrutura de hemodinâmica inaugurada há 17 anos e que já era considerada obsoleta. “A tecnologia hoje avança num ritmo muito grande. Então, a cada cinco anos são feitos novos softwares, novas tecnologias para adequação desses equipamentos”, explicou o cardiologista intervencionista do HSC, Abdalla Juma Abdalla Abdel Hamid.
Desde a desativação do sistema antigo, em maio, 113 pacientes foram remanejados para atendimento no Hospital Bruno Born, em Lajeado, também para Passo Fundo e Porto Alegre. Agora, com o novo angiógrafo, eles poderão ser atendidos em Santa Cruz.
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O espaço onde fica o aparelho foi totalmente reformado. Nos últimos dias, o sistema passou por testes e deve entrar em funcionamento ainda nesta semana. Com ele, a previsão é realizar cerca de 300 exames por mês.
O objetivo do HSC, porém, é ampliar o número de procedimentos. Atualmente são cerca de 60 angioplastias, em torno de 30 cateterismos, além de atendimentos provenientes de internações hospitalares. “Temos mão de obra e pessoal qualificado para fazer um número duas a três vezes maior. Tranquilamente, poderíamos chegar perto de 600 exames. Vamos batalhar para ampliar essa regulamentação, realizar esses exames de forma eletiva”, destacou Abdalla. Acrescentou que, atualmente, os procedimentos feitos são entre 20% e 30% via convênios e particulares, e em torno de 70% pelo SUS. Segundo o cardiologista, para o aumento ser possível, é preciso autorizações das regulações do município, do Estado e do governo federal.
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Abdalla disse que o novo equipamento vai proporcionar uma gama maior de procedimentos. “A demanda maior ainda fica por conta das doenças cardiovasculares, que são a grande pedra no sapato da saúde pública. Mas podemos também utilizar esse equipamento para o tratamento de doenças neurológicas, vasculares, doenças estruturais e até para a radiologia, com a realização de alguns exames radiológicos com subtração e formatação em 4D. Ou seja, temos muito recurso tecnológico.”
25 municípios
No total, 25 municípios estão na área de abrangência e cerca de 500 mil pessoas podem ser encaminhadas para procedimentos e exames no Centro de Terapia Vascular do Hospital Santa Cruz. Na solenidade, o reitor da Unisc, Rafael Henn, ressaltou a importância do equipamento e da qualidade tecnológica para o exercício da medicina. “Quando um médico tem insegurança precisa de exames, mais precisão, e quando tem confiança e não tem competência pode errar o diagnóstico.”
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