Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

GRAN PREMIO D'ITALIA

La Bella Italia: Monza recebe o maior evento do automobilismo

Terceiro mais antigo do mundo, o circuito recebeu quase 370 mil pessoas na Fórmula 1

» Acesse a versão em italiano deste texto

No primeiro domingo de setembro, ocorreu o Gran Premio d’Italia, no Autodromo Nazionale di Monza, um dos mais tradicionais circuitos de Fórmula 1, que faz parte do grande Parco della Villa Reale, palácio que foi residência de monarcas austríacos e italianos. Inaugurado em 3 de setembro de 1922, é o terceiro mais antigo do mundo e o primeiro na Europa continental. Conhecido também como “o templo da velocidade”, é a pista mais rápida da Fórmula 1, onde os carros chegam a 350 quilômetros por hora. E, realmente, quando você entra no parque já sente a adrenalina do show que se espera.

Participar de um evento dessa magnitude, onde estavam presentes 369.041 pessoas, o maior evento esportivo já registrado na Itália, é uma experiência que faz mergulhar na cultura, na história e no coração deste país. O amor pelo automobilismo e o orgulho nacional por aquilo que é seu: a Ferrari. Ela, com toda certeza, domina o pensamento dos torcedores italianos e também dos fãs ao redor do mundo. Conhecidos como Tifosi, fazem de Monza a sua casa e nos fazem entender que a Ferrari é muito além de uma marca: é tradição, identidade e emoção coletiva.

Publicidade

Dois nomes ecoavam com força: Lewis e Charles. Este é o primeiro ano em que Lewis Hamilton, sete vezes campeão mundial, sente na pele o calor e o acolhimento dos Tifosi. A realização do maior sonho de qualquer piloto: correr pela Ferrari. E Charles, apelidado de pré-destinado, que cresceu dentro da escuderia e recebe todo o carinho dos fãs.

LEIA TAMBÉM: La Bella Italia: raízes culturais e históricas que tocam o presente com ITALEA

Nas qualificações, Max Verstappen conquistou a pole position e o recorde de Monza com 1:18,792s (anteriormente de Lewis Hamilton, com a Mercedes, com 1:18,887s), seguido pelas McLaren, com Lando Norris em segundo e Oscar Piastri em terceiro. Charles Leclerc em quarto e Lewis Hamilton, que havia feito o quinto melhor tempo, caiu para décimo devido à penalidade recebida no GP da Holanda. A torcida ainda tinha esperança de que o vencedor fosse vermelho.

Publicidade

No domingo, quando foi dada a partida, o coração acelerou como os carros em alta velocidade. Quando eles passaram na primeira volta, impressionaram pela rapidez. Na televisão parece óbvio: é corrida. Mas presencialmente, a experiência é outra. Através das telas, não se tem ideia da verdadeira velocidade que é vivida ao estar ali. Mais rápido que um piscar de olhos, tornam-se apenas pontos coloridos. O som dos motores é tão alto que tudo vibra. E a maestria dos pilotos que realizam as curvas em alta velocidade com perfeição, afinal, não existe chance para o erro.

Verstappen, desde a largada, manteve-se confiante e à frente, sempre seguido pelas duas McLaren, que optaram por adiar os pitstops para as voltas finais, mantendo o público em suspense até o último momento. O inesperado, porém, aconteceu: um erro de cerca de quatro segundos na troca de pneus acabou invertendo a posição entre Lando Norris e o australiano Oscar Piastri, levando o pitwall a ordenar que Piastri cedesse lugar ao companheiro britânico, decisão que gerou debate imediato.

LEIA TAMBÉM: La Bella Italia: a cidade de onde partiram muitos imigrantes que chegaram no sul do Brasil

Publicidade

A equipe afirma que considera absolutamente correto voltar à situação anterior ao pitstop e deixar os pilotos correrem, já que o objetivo não era a troca de posições. É admirável a cultura de equipe, mas os questionamentos apontam: um pitstop lento não seria parte da corrida? Será que foi uma decisão realmente justa?

Ainda não temos uma resposta, mas poeira e novos questionamentos foram levantados.

Infelizmente, a Ferrari não subiu ao pódio desta vez. O primeiro lugar foi de Max, seguido por Norris e Piastri. Leclerc terminou em quarto e Hamilton em sexto. No fim, os dois passaram juntos, lado a lado, agradecendo aos fãs após o encerramento da corrida.

Publicidade

Como manda a tradição, as grades foram abertas e o público invadiu a pista. Caminhar sobre o asfalto de uma das pistas mais históricas é emocionante: o cheiro dos pneus e da combustão, as marcas de óleo, os pedaços de borracha, os riscos deixados pela velocidade. E, mesmo sem troféu, o clima era de celebração e a bandeira da Ferrari tomou conta. Nesse instante se entende a grandiosidade da marca: o amor dos fãs não depende da vitória, pois é incondicional e eterno.

Beatrice Dummer conferiu o Gran Premio D’Italia, no Autódromo Nacional de Monza | Foto: Niccolò Fusaro

LEIA MAIS DE CULTURA E LAZER

QUER RECEBER NOTÍCIAS DE SANTA CRUZ DO SUL E REGIÃO NO SEU CELULAR? ENTRE NO NOSSO NOVO CANAL DO WHATSAPP CLICANDO AQUI 📲. AINDA NÃO É ASSINANTE GAZETA? CLIQUE AQUI E FAÇA AGORA!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.