A Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), emitiu um alerta para Bento Gonçalves, na região da Serra, e para os municípios da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde. A medida foi tomada após a identificação de três casos de doença meningocócica, sem vínculo epidemiológico entre si, ocorridos entre julho e agosto. A situação, que configura um surto, exige atenção redobrada da rede de saúde para detecção rápida de novos casos e para implementação de medidas de controle.
Aumento dos casos em relação aos últimos anos
Até o final de agosto, foram registrados 12 casos de doença meningocócica na região da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, número bastante superior aos quatro casos de 2024 e ao único caso de 2023, no mesmo período. A maioria dos casos é atribuída ao sorogrupo B da bactéria Neisseria meningitidis, que historicamente não vinha sendo o mais prevalente no Estado. Em 2025, no entanto, ainda com dados parciais, esse sorogrupo já representa 49% dos casos, superando o sorogrupo C, que era o mais comum.
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O aumento de casos na região reflete uma tendência observada no Estado. Até o início de setembro, o Rio Grande do Sul contabilizou 52 casos, quase o dobro do número registrado no mesmo período de 2024, indicando um possível retorno aos níveis pré-pandemia de covid-19. A maior incidência ocorre entre crianças menores de cinco anos, especialmente aquelas com menos de um ano de idade, embora a doença possa ocorrer em qualquer faixa etária.
Medidas de controle e prevenção
Diante do cenário, as autoridades de saúde de Bento Gonçalves intensificaram as ações de controle, incluindo a realização de quimioprofilaxia ampliada – aplicação de antibióticos não apenas em contatos próximos, mas também em pessoas com exposição breve aos pacientes. A rede de saúde foi orientada a redobrar a atenção para sintomas suspeitos de meningite, como:
- Febre acompanhada de rigidez de nuca
- Confusão mental
- Convulsões
- Erupções cutâneas
- Outros sinais neurológicos
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Em crianças menores de dois anos, também devem ser considerados sintomas como:
- Irritabilidade
- Choro persistente
- Abaulamento da fontanela (o inchaço e a protuberância da moleira do bebê)
Orientações para a população
É importante que a população da região esteja atenta aos sintomas e procure atendimento médico imediatamente em caso de suspeita, pois o diagnóstico e o tratamento rápidos são essenciais. Para se proteger da doença e de outras infecções, hábitos simples podem ser adotados:
- Lavar bem as mãos com frequência
- Ventilar os ambientes
- Cuidar da higiene pessoal e dos alimentos
- Evitar o compartilhamento de objetos e o contato próximo em caso de doenças respiratórias
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