Natural de Candelária, a cantora e estudante de medicina Nina Rosa, de 22 anos, cresceu em meio à música. Incentivada por professores do colégio em que estudava e pela família, ela subiu ao palco pela primeira vez aos 6 anos, durante um Festival da Canção, em Candelária. Ainda fora da faixa etária para competir, participou apenas como convidada, mas dali em diante nunca mais deixou de cantar.

Com o apoio dos pais, que chegaram a trazer um professor de canto de Vera Cruz para Candelária, Nina começou a competir em rodeios artísticos na categoria solista vocal mirim. “Eu e minhas irmãs competíamos contra mais cinco ou seis meninas. Muitas vezes ficávamos entre as primeiras e voltávamos para casa com troféus”, recorda.

Aos 15 anos, teve uma experiência marcante: participou do quadro “Jovens Talentos”, no programa Raul Gil, no SBT. “Foi único na minha vida. Estava muito gripada, quase sem voz, mas consegui me apresentar. Saímos de madrugada de Candelária, fomos de avião a São Paulo e voltamos no mesmo dia. Foi cansativo, mas inesquecível.”

A trajetória profissional começou a se consolidar a partir dos 18 anos, quando passou a se apresentar em bares e restaurantes de Santa Cruz do Sul. Um dos primeiros espaços onde cantou foi o Restaurante da Gruta. Desde então, não parou mais: “Faz uns quatro anos que estou no mercado, conciliando com a faculdade”.

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Duas profissões 

Em 2022, Nina ingressou no curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Hoje, no sétimo semestre, ainda não decidiu a área em que vai atuar, mas revela interesse especial por neurologia e otorrinolaringologia, essa última ligada à voz, especialidade que une suas duas paixões. 

“Sempre tive vontade de trabalhar com pessoas e adquirir cada vez mais conhecimento para poder usar isso e fazer a diferença na vida delas. Tive alguns momentos de incerteza, de saber se era isso que eu queria mesmo. Sempre tive a música ao lado.”

Conciliar a rotina não é fácil. O curso é integral, com aulas nos turnos da manhã, tarde e noite. Enquanto isso, a música ocupa os finais de semana, principalmente. “No começo tocava duas vezes por mês, depois foi aumentando. Precisei aprender a me organizar porque às vezes tenho prova na segunda-feira e passo o fim de semana inteiro cantando em eventos. É puxado, mas no fim dá tudo certo.”

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Novos projetos

Nina vive um momento de transição, apostando em diferentes vertentes musicais. Além de shows em bares e recepções, tem se dedicado a casamentos, formaturas e eventos corporativos. Paralelamente, também passou a atuar em bandas, como sua parceria com o músico Marcel Knak.

Outra frente em expansão é a música gaúcha. Filha do tradicionalismo, Nina apresentou em agosto um show inteiro dedicado ao gênero na Confraria Nativista. “Cresci em meio à música gaúcha e isso está muito enraizado em mim. Não se vê tantas mulheres jovens cantando esse gênero musical. Foi muito especial trazer esse repertório ao palco.”

Além das apresentações presenciais, ela projeta investir em conteúdo digital, com gravações para seu canal no YouTube, voltado especialmente ao segmento de casamentos.

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Olhar para o futuro

Entre a medicina e a música, Nina não pretende escolher apenas um caminho. “Já pensei que a música seria só uma escada durante a faculdade, hoje não vejo mais assim. Tenho paixão pela medicina, mas não consigo me imaginar deixando de cantar.”

Com previsão de se formar em cerca de três anos, a jovem planeja seguir conciliando as duas carreiras. “Quem sabe uma residência em otorrino, trabalhando com voz e cantores, enquanto sigo cantando. Talvez em algum momento uma área pese mais do que a outra, mas não me vejo me desfazendo de alguma delas.” 

Conheça o trabalho de Nina no Instagram: @ninarosa.c.

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