A comunidade regional chega ao primeiro final de semana de outubro, este mês sempre tão ansiosamente aguardado por conta da realização da Oktoberfest, avaliando a repercussão da atualização dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicada em nossa edição de quarta-feira, 1º.
Trata-se (e nem poderia ser diferente) de um dos indicadores que mais interessam a uma localidade, por apontar para a capacidade de proporcionar ocupação e renda a sua população, o que se traduz em aquecimento dos demais setores. E uma vez mais o Vale do Rio Pardo se salienta como oásis à parte na realidade gaúcha e, vale mencionar, brasileira. Tal desempenho amplamente positivo está associado a quê? Ao tabaco!
Santa Cruz do Sul segue firme na terceira posição entre os municípios do Rio Grande do Sul na geração de postos de trabalho, tendo a indústria do tabaco como a grande base empregadora. Venâncio Aires, também da região, figura na sequência, na quarta posição. Duas cidades vizinhas, separadas por 30 quilômetros, configuram um mundo à parte no ambiente ocupacional gaúcho, e proporcionam reflexão oportuna a todos os gestores brasileiros.
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A reflexão pode ser proposta ainda mais aos eternos antitabagistas, que, ao desprezar o que essas folhas significam na geração de empregos e renda, até deviam ser contabilizados entre os postos de trabalho vinculados ao tabaco.
Afinal, os que ocupam seu tempo a falar mal do tabaco, inclusive em organismos públicos, ou atrelados a organizações não governamentais (ONGs) de duvidosas e misteriosas ramificações internacionais, não deveriam também atribuir a esse setor, a produtores e trabalhadores da indústria e do comércio, seu próprio emprego? Não é em função do tabaco (embora falando contra ele) que têm seu emprego e sua remuneração?
Agora, quando o Brasil se mobiliza a fim de comparecer a mais uma Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, a ser realizada em novembro, em Genebra, na Suíça, é quase certo que nas próximas semanas alguns espaços da mídia nacional serão ocupados com conteúdos circunstanciais e de ocasião (como sempre produzidos sob encomenda) para falar mal do tabaco.
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Nessa hora, talvez lideranças da região, bem como governantes em níveis estadual e federal, em especial o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os que representarão o país em Genebra, pudessem lembrar do que o tabaco representa na geração de empregos.
Quem trabalha também vota e, vale frisar, na região de produção de tabaco são milhares os trabalhadores envolvidos. Logo, são muitos os votos que podem decidir quem se elege, ou não. Sem dúvida, há muito mais gente realizada graças ao tabaco (e que encontra nele a sua dignidade) do que os que ocupam seu tempo combatendo esse setor legal. Boa leitura, e bom fíndi.
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