Neste Dia Mundial da Psoríase, 29 de outubro, a Saint Gallen conversou com a médica Jaqueline Barboza, dermatologista referência no diagnóstico e tratamento da doença, membro do International Psoriasis Council (IPC) e pesquisadora ativa em estudos clínicos internacionais.
Para ela, a data é fundamental para ampliar o debate sobre a psoríase — uma condição que vai muito além da pele. “O Dia Mundial da Psoríase é importante para engajar cada vez mais pessoas — pacientes, comunidade e profissionais de saúde — para que entendam que a doença não é apenas de pele. É uma doença sistêmica, que impacta a saúde e a qualidade de vida de forma ampla”, explica a especialista.

Uma inflamação que pode atingir vários órgãos
A psoríase é uma doença inflamatória crônica e imunomediada. Embora se manifeste com lesões avermelhadas e descamação na pele, especialmente em áreas como cotovelos, joelhos e couro cabeludo, seus efeitos podem atingir outros órgãos. “A psoríase deve ser vista como uma inflamação. Onde a inflamação vai, ela causa lesão”, explica a dermatologista.
“Ela pode aumentar a gordura no fígado, provocar inflamação nas articulações (a chamada artrite psoriásica), afetar vasos sanguíneos — elevando o risco de infarto e AVC —, além de estar associada a doenças intestinais, como a Doença de Crohn, e a transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade.”
Corpo e mente: o impacto dos hábitos e das emoções
A dermatologista Jaqueline Barboza reforça que não há uma dieta específica, mas que uma alimentação equilibrada e a saúde mental têm papel direto no controle da doença. “Comer frutas, verduras, legumes e evitar álcool e excesso de café ajuda. Mas o emocional também influencia muito. O estresse e a tristeza pioram as crises, enquanto práticas como mindfulness e yoga ajudam na melhora dos sintomas”, comenta.
Pesquisas e avanços: um futuro promissor
Pesquisadora atuante em congressos e estudos internacionais, a dermatologista Jaqueline destaca os avanços que a medicina tem alcançado. “Já começamos a falar sobre cura. Há estudos com terapia gênica que mostram resultados muito promissores. Temos novos medicamentos, inclusive orais, além dos imunobiológicos, que estão ampliando nossas possibilidades de tratamento”, explica. Ela também lembra que a psoríase não tratada adequadamente pode reduzir a expectativa de vida em até cinco anos, reforçando a importância do acompanhamento com especialista.
Psoríase tem tratamento e pode ser controlada
Apesar de não ter cura definitiva (ainda), a psoríase tem controle eficaz. “Hoje conseguimos bloquear a inflamação e fazer o paciente ficar totalmente bem, sem lesões de pele. Alguns precisarão manter o tratamento por mais tempo, outros poderão reduzir ou até suspender a medicação por períodos. Cada caso é único”, afirma a médica.
Falar sobre a psoríase é uma forma de quebrar tabus, combater o preconceito e levar informação médica de qualidade a quem convive com a doença. “Com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível viver bem — e isso é o que eu mais quero mostrar aos meus pacientes”, finaliza a Dra. Jaqueline Barboza.
📍Jaqueline Barboza é dermatologista da Saint Gallen — Ações e Terapias em Saúde, especialista em psoríase e membro do International Psoriasis Council (IPC).
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