Depois de um intenso debate no plenário da Câmara de Vereadores, o Legislativo chegou a um consenso e garantiu a devolução de R$ 5 milhões ao Executivo, com indicação de que o valor seja utilizado para cobrir o déficit da Secretaria Municipal de Saúde. O montante não dá conta de custear os dois últimos meses do ano, mas paga novembro e ainda representa uma sobra para dezembro, que deve ser complementada com suplementação ou ingresso extra de recursos, como as emendas parlamentares.

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É importante que se diga: não se trata de ampliação dos serviços prestados pela Saúde. É o pagamento daquilo que já é contratualizado e que, sabe-se lá o porquê, não estaria previsto no orçamento municipal. A expectativa da presidente da Câmara, Nicole Weber Covatti (PP), era utilizar as sobras do ano como uma espécie de emenda impositiva, com indicação dos vereadores sobre os destinos. Na prática, teria de resultar de um acordo com o Executivo, pois não há previsão legal para a distribuição de recursos pelo Legislativo.

Mas e a licitação da sede própria?

Gerou dúvida entre os leitores da Gazeta do Sul o fato de que a destinação das sobras do orçamento da Câmara para a Prefeitura foi condicionada a protelar para o próximo ano o início das obras da sede própria e, na mesma semana, foi publicado edital de licitação para a contratação de empresa para a construção. A presidente Nicole explicou que foi uma forma de garantir a implantação do projeto, que já foi entregue, evitando qualquer alteração em função de mudanças na legislação. Além disso, a burocracia no serviço público faz com que seja aberta a licitação no dia 10 de dezembro, mas até encerrar todos os trâmites já será 2026. A previsão orçamentária é de um investimento de R$ 19,4 milhões.

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Seguro anti-Lula

O vereador porto-alegrense e comunicador Tiago Albrecht (Novo) esteve em Santa Cruz do Sul nesta semana. Visitou veículos de comunicação e almoçou com correligionários. Busca apoio para candidatura à Câmara Federal, visando a cadeira do deputado Marcel van Hatten, que deve colocar seu nome na disputa do Senado. Antecipou que os partidos de centro-direita devem focar a criação do que chamou “seguro anti-Lula”, diante de eventual reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Frisou que é preciso respeitar a democracia, caso o petista chegue ao quarto mandato, e que o Congresso deve estar forte o suficiente para atuar nessa condição.

Na disputa do governo gaúcho

Tiago Albrecht defende aproximação da aliança PL/Novo com o Partido Progressistas (PP). Comenta-se a possibilidade de Covatti Filho, presidente do PP, ser vice de Luciano Zucco (PL). O vereador do novo acrescenta os nomes da deputada Any Ortiz, entrando no PP, e do secretário estadual Ernani Polo como possíveis vices.

Questão partidária

Março de 2026 deve ser um mês de muita atenção na movimentação partidária. Nesse período (entre março e abril) é aberta a janela de transferência, quando é possível aos políticos mudarem de partido sem que isso represente a perda de mandato. Muitos estão de olho nas próximas eleições e determinados partidos, com grandes nomes, representam dificuldade de eleição, pois exigem votação maior.
Além disso, tem a questão das alianças que estão se formando e podem não agradar a todos.

O fato é que mudanças devem ser percebidas. O nome da secretária de Bem-Estar Animal, Bruna Molz (Republicanos), com frequência vem à pauta. No ano eleitoral, para disputar vaga na Assembleia, ela voltará para o Legislativo municipal. Ela já assegurou que não tem interesse em assumir a presidência, cargo que ocupou em duas ocasiões. Mais recentemente falou-se em uma possibilidade de troca de partido. PL e Podemos estariam no foco. O que é garantido é que deve continuar com sua bandeira de defesa da causa animal, que lhe garantiu bom conceito até fora do Estado.

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