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Gazeta conferiu: “Predador – Terras Selvagens” é uma aventura satisfatória

Dek é um jovem Yautja, extreterrestres com habilidades mortais que caçam os seres mais perigosos do universo. Considerado o mais fraco do seu clã, seu pai Njhorr o condena a morte. Prestes a ser executado pelo seu próprio irmão Kwei, recebe uma segunda chance: matar Kalisk, uma criatura impossível de matar, e recolher sua cabeça como troféu. A missão, entretanto, não será fácil. Genna, o planeta onde vive o monstro (que assusta até mesmo seu pai, líder do clã), é extremamente mortal.

Abandonado e sem os equipamentos tecnológicos e armas destrutivas dos Yautjas, Dek precisa usar seus instintos mais primitivos para encontrar sua presa e matá-la. Essa é a premissa de Predador – Terras Selvagens, nova entrada da franquia iniciada em 1987, com Arnold Schwarzenegger, que está nos cinemas de Santa Cruz do Sul.

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Após o sucesso de O Predador: A Caçada, o diretor e roteirista Dan Trachtenberg retorna com uma premissa ainda mais ousada que a anterior, ao transformar o caçador mais mortal do cinema em protagonista pela primeira vez. Assim, no lugar de militares brucutus, acompanhamos a jornada do alienígena. Por ser um predador novato, Dek está longe de ser uma ameaça como so demais da sua espécie. No entanto, o roteiro e a direção de Trachtenberg, aliada à excelente atuação de Dimitrius Schuster-Koloamatangi, fazem com que o público tenha empatia pelo personagem.

Mais ousado ainda foi acrescentar uma personagem humanóide na jornada de Dek. No caminho, ele conhece uma androide sintética chamada Thia (Elle Fanning), propriedade da Weyland-Yutani (empresa vista na franquia Alien), cujas pernas foram arrancadas por Kalisk. Inicialmente, o caçador recusa a aliança, afirmando que é uma tradição dos Yautjas caçar sozinho. Porém, ao perceber que está num planeta extremamente hostil, trata a robô como uma ferramenta para sua missão.

Thia é o oposto de Dek. Especialista em animais predadores (com interesse especial nos Yautjas), ela passa o tempo inteiro falando e fazendo perguntas para o extraterrestre. Apesar de ser claramente um alívio cômico (com anedotas que os fãs sempre se perguntaram sobre o monstro), as interações entre a improvável dupla funcionam e são justificáveis pela trama.

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O grande trunfo de Trachtenberg está na maneira como ele explora o universo estabelecido no filme e na franquia. Especialmente, o planeta Genna e seus seres perigosos, que não dão paz e segurança para os personagens tranquilos em momento algum. E o uso de locações, especialmente montanhas e selvas, tornam a experiência ainda mais imersiva. Além do bom texto (para um filme da franquia Predador), o diretor apresenta um primor técnico para filmar e editar as cenas de ação.

Cada caçada é marcante e recompensadora para o público. Embora o terror e o sangue (humano) sejam deixados de lado, Terras Selvagens é uma excelente aventura de ficção científica que vai agradar não só os fãs, mas aqueles que não assistiram a todos os filmes. A nova entrada pode não ser a melhor continuação, mas é bem executada e entrega entretenimento. Sem tentar imitar o original e ousar, Trachtenberg mostra que entende o personagem e nos recompensará com mais histórias no universo de predadores. O futuro é promissor.

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O fator Disney

Agora que a Fox está sob o domínio da Disney, que parece estar cada vez mais similar com a fictícia (mas não tanto) Weyland-Yutani, o dedo da empresa do Mickey é perceptível em Predador: Terras Selvagens. No meio da caçada em Genna, Dek encontra não só Thia, mas também um ser fofinho que passa a acompanhar os dois. A relação entre o trio soa similar demais a de Mando e Grogu (da série O Mandaloriano), que pouco acrescenta à história da trama, soando apenas como um apelo comercial para atrair um público mais jovem e vender bonecos.

O fato de Dek não ser um caçador tão letal como nos anteriores também tem gerado polêmica, sendo criticado por ter se tornado um herói. Por ser uma franquia que se estabeleceu pela testosterona, músculos e violência, muitos fãs reclamam da falta de força bruta. No entanto, Predador nunca foi sobre isso. No filme original, Dutch, personagem de Schwarzenegger, não venceu o caçador por ser mais forte, mas por entrar no jogo do alienígena e usar seus instintos e a selva para sobreviver e vencer. E isso também ocorre em Terras Selvagens, mas agora com um Yautja, e funciona dentro da proposta do filme. É sem dúvida um bom entretenimento para ver nos cinemas de Santa Cruz do Sul.

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