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NA SUÍÇA

Entenda as demandas levadas pela comitiva brasileira em reunião com embaixador na COP-11

Foto: Romar Beling

Se o primeiro dia da COP-11 encerrou-se com sentimento de frustração junto aos integrantes da comitiva que representa a cadeia produtiva do tabaco em Genebra, em virtude do fato de não terem obtido acesso ao evento, o segundo, nessa terça-feira, 18, foi marcado por uma sensação de alívio. O encontro que aconteceu na parte da manhã na Embaixada do Brasil terminou com o embaixador Tovar Nunes se comprometendo a promover debriefings, reuniões entre os representantes do setor e membros da delegação oficial.

E a primeira reunião já ocorre nesta quarta, 19, entre 9 e 11 horas, horário da Suíça (que pelo fuso horário está quatro horas à frente em relação ao Brasil). Além do encontro com os membros da delegação, cumprindo com o que havia se comprometido na metade do ano, com lideranças do tabaco também em Genebra, Nunes disponibilizou sala da embaixada para esta quarta. Outro debriefing deve acontecer na quinta, 20, no mesmo horário.

O embaixador pontuou, em fala a jornalistas que acompanham a comitiva, que “é uma honra receber os parlamentares para um diálogo, não só vinculado à COP-11, sobre tabaco, mas mais amplamente sobre os interesses que nós defendemos aqui em Genebra”. Ainda, acrescentou que a negociação faz parte do trabalho em conferências do tipo.

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A reunião com Nunes se iniciou com algum desconforto. Na chegada, os quase 40 integrantes da comitiva ficaram em um espaço muito exíguo, no corredor de elevadores que dá acesso à porta da embaixada, no sexto andar do prédio. Quando foram admitidos na sala, primeiro só puderam deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e secretários estaduais.

No entanto, por sugestão da comitiva de seis deputados federais (do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Bahia), o embaixador deu acesso aos demais, inclusive à imprensa, desde que não fizessem registros das conversas.

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Tovar Nunes confirmou reuniões com representantes para esta quarta e quinta | Foto: Romar Beling

Os deputados federais buscaram cobrar intervenção de Nunes, nesta COP, no sentido de ainda permitir aos representantes eleitos pela população das regiões produtoras tabaco ter acesso à conferência. Como relataram, o status de praticamente todos eles em relação ao credenciamento seguia pendente no sistema da Convenção-Quadro.

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O deputado federal Marcelo Moraes ressaltou que está em Genebra, junto com o setor, desempenhando sua função constitucional de fiscalizar a aplicação de recursos públicos, pois o Brasil repassou em torno de RS 1,5 milhão para o evento.

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Moraes apresentou mais dois pedidos ao embaixador: que fossem realizados debriefings com membros da delegação brasileira e que, a partir disso, os argumentos e dados do setor fossem encaminhados aos delegados. Por fim, Nunes acatou a proposta das reuniões, ainda que a Comissão de Implementação da Convenção-Quadro (Conicq) tenha emitido documento vedando tais encontros.

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Filtros

Outro tema abordado foi a proibição dos filtros no cigarro convencional. O diplomata baiano Igor Barbosa, chefe da divisão de saúde global da Conicq, frisou que o assunto pode sim aparecer na pauta, nos itens associados a problemas ambientais, em razão do descarte da bituca, por sua composição a partir de plástico.

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No entanto, Marcos Augusto de Jesus Souza, secretário executivo do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco BA), observou que tal medida seria uma volta ao passado, pois o filtro surgiu justamente para diminuir riscos à saúde decorrentes do hábito de fumar. E que bani-lo do cigarro legal seria fomentar ainda mais o produto ilegal ou o contrabando.

Nesse sentido, o diretor executivo da Associação Brasileira da indústria do fumo (Abifumo), Edimilson Alves, advertiu que hoje o filtro no cigarro convencional já é biodegradável, feito de acetato de celulose, que se degrada em curto prazo de tempo.

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Parlamento Europeu

Em passagem no Centro de Convenções onde ocorre a COP, para verificar como seguia o evento, a comitiva brasileira encontrou um deputado membro do Parlamento Europeu, o português Sérgio Humberto. Ele se solidarizou com os deputados federais brasileiros quando soube da restrição de acesso ao evento. E enfatizou que estava presente em nome da Comunidade Europeia para acompanhar a evolução das tratativas. Informou ainda aos brasileiros que tanto ele quanto deputados de outros países do bloco já haviam se posicionado contrários a qualquer medida envolvendo os filtros dos cigarros. Isso deixou a representação do setor muito satisfeita.

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