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Seminário de Agroecologia do Vale do Rio Pardo acontece nesta quarta

O cenário atual relacionado a questões de agroecologia estará em pauta na manhã desta quarta-feira, 26, durante o 6º Seminário de Agroecologia do Vale do Rio Pardo (Sera). Promovido pela Articulação em Agroecologia do Vale do Rio Pardo (AAVRP), o evento tem como tema Agroecologia como resposta às mudanças climáticas e ocorre a partir das 8h30, na sede da Cooperativa Origem Camponesa, no Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul.

Segundo o diretor da Região 5 da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e um dos responsáveis pelo seminário, José Antônio Schmitz, o encontro visa criar um momento para discussão das alternativas de enfrentamento às mudanças climáticas, dentro da agroecologia. “Trata-se de um momento de esforço para reorganização da AAVRP”, destaca.

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Cerca de 200 pessoas são esperadas, incluindo estudantes das Escolas Família Agrícola, comunidade acadêmica, agricultores e profissionais técnicos da agricultura. Schmitz ressalta que o intuito não é promover um evento acadêmico. “Estamos oportunizando um debate para o público em geral.”

Quem for ao seminário poderá participar de palestras e oficinas sobre os impactos das mudanças climáticas na agroecologia, além de prestigiar a Feira de Sementes Crioulas e de Produtos Agroecológicos, que começa ao meio-dia.

Entre os convidados estão Gerson Antonio Barbosa Borges, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e Mauricio Queiroz, da Comissão Pastoral da Terra (CPT). A partir das 9h15, eles farão um balanço crítico da COP30, da qual participaram na última semana.

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Ainda pela manhã, às 10h45, o professor João Pedro Schmidt, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), vai abordar as causas e possíveis soluções para as mudanças climáticas.

Durante a tarde, outras três palestras estão previstas, focadas nas atividades promovidas na região pelas entidades parceiras da Articulação. Falarão aos participantes o membro da direção estadual do MPA, Miqueli Schiavon; a representante do Programa Capa de Agroecologia da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), Gabriela Schmitz Gomes, e a professora Cristina Vergütz, da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc).

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Estudo aponta impacto do clima na produção

Cerca de 56,3% das experiências agroecológicas do País tiveram reduções na produção de alimentos em razão das mudanças climáticas. É o que aponta o estudo Agroecologia, Território e Justiça Climática, conduzido pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e as ONGs AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, Associação Agroecológica Tijupá e Fase – Solidariedade e Educação.

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No Rio Grande do Sul, 61 experiências foram mapeadas. Destas, duas no Vale do Rio Pardo. As iniciativas Encontro Diocesano de Sementes Crioulas, da CPT, e o curso técnico em Agropecuária Integrada ao Ensino Médio, da Efasc, relataram que nos últimos dez anos houve diminuição e perdas na produção, alagamentos de áreas, aumento das chuvas, chuvas extremas e erosão do solo.

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Outro desafio que tem preocupado os especialistas da região é o aumento de pragas e insetos que atacam a produção agrícola. “Vamos precisar encontrar soluções agroecológicas. Não só a aplicação de veneno, mas a adoção de tecnologias e melhor utilização de inimigos naturais, por exemplo”, afirma José Schmitz.

Solo

De acordo com José Antônio Schmitz, uma das principais consequências das mudanças climáticas na região são os solos soterrados ou levados pelas enchentes de 2024 e 2025. “Temos visto muitas propriedades com problemas gravíssimos de soterramento ou de solos em que a camada mais superficial e fértil foi arrastada”, explica. Segundo ele, muitos desses estragos aconteceram em decorrência da falta de mata ciliar. “É fundamental a reconstrução das matas ciliares, especialmente próximo aos cursos d’água.“

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