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GRUPO DE APOIO

Líderes debatem ações contra a violência escolar em Santa Cruz

Reunião do grupo de apoio debateu casos sobre violência escolar. Foto: Tiago Garcia

A violência escolar é um problema cada vez mais presente no dia a dia de instituições públicas e privadas de Santa Cruz do Sul. E causa ainda mais preocupação pela onda crescente de casos de bullying e cyberbullyng envolvendo crianças e adolescentes no ambiente escolar. Para enfrentar estes problemas que foi criado neste ano o Grupo de Apoio ao Combate à Violência Escolar e Familiar que conta com a participação de representantes do poder público, poder judiciário, orgãos de segurança e entidades para resolver os casos registrados que chegam ao conhecimento dos participantes.

Na tarde dessa quarta-feira, 26, o grupo se reuniu no auditório do Ministério Público para debater os casos registrados recentemente. Foram relatadas a transferência escolar de uma menina vítima de bullying que estava se automutilando em razão das ofensas que vinha sofrendo, o caso de uma estudante que há dois dias não queria ir para escola por estar sofrendo bullying dos colegas e um caso de agressão física sofrida por uma menina dentro do ambiente escolar onde a direção da escola não teria tomado as providências adequadas para solucionar o problema.

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As lideranças salientaram a preocupação com os fatos e das direções optarem em omitir ou não dar o suporte necessário por medo dos pais dos alunos envolvidos não aceitarem os problemas existentes. A promotora da Infância e Juventude, Danieli Coelho, destaca que as escolas precisam mudar de postura. “As direções escolares estão perdidas. A orientação é para que as escolas busquem o suporte junto com suas mantenedoras”, disse a promotora, confirmando que o número de casos de violência escolar tem sido crescente no município.

Até o momento foram atendidos 11 casos pelo grupo de apoio, sendo oito com abertura de inquérito policial pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) e três resolvidos internamente pelas escolas. A delegada Ana Luisa Aita Pippi, titular da DPCA, destaca que todos os casos atendidos tiveram gravidade e destaca a importância do trabalho conjunto do grupo de apoio para a resolução dos casos. “A violência escolar, familiar e os casos de bullyng nos preocupa muito. Trabalhamos com a prevenção e procuramos dar apoio para as escolas com o objetivo de inibir e evitar o crescimento destes casos”, disse a delegada.

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Criação de um novo Conselho Tutelar

Uma das pautas debatidas pelo grupo são as dificuldades do Conselho Tutelar de Santa Cruz em atender os casos de violência escolar, infantil e familiar que chegam diariamente. O orgão público tem apenas cinco conselheiros e não dispõe de estrutura adequada para atender a tudo com maior brevidade.

A promotora da Infância e Juventude, Danieli Coelho, confirmou que será marcada uma agenda com o prefeito Sérgio Moraes para solicitar a criação de um novo Conselho Tutelar para atender à demanda. “O Ministério Público já avisou, em ação civil pública, para que fosse implementado um novo conselho. Entendemos que a demanda do município é crescente”, disse a promotora.

Promotora Danieli. Foto: Tiago Garcia

Integram o grupo de apoio de combate à violência escolar e familiar representantes da Brigada Militar, Guarda Municipal, Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), Conselho da Mulher, Procuradoria da Mulher, Cras, Escritório do Idoso, Escritório da Mulher, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Secretária Municipal de Segurança Pública e Trânsito, Polícia Penal, Caps e 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6a CRE).

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Bons resultados

Jeferson Peres, presidente do Conselho Escolar da Escola Estadual Ernesto Alves, relata que o grupo de apoio tem conseguido solucionar os casos. “Tivemos casos complexos que se arrastavam por meses e resolvemos em poucos dias ou horas. Se conseguimos ajudar uma criança, já valeu a formação do grupo”, disse. Sobre ações para evitar o crescimento dos casos, uma das metas é apresentar o grupo para as escolas. “Acreditamos que muitos problemas que ocorrem nas escolas é reflexo do que acontece nas famílias. Pretendemos conversar com os pais, falar da existência do grupo e conversar com diretores, professores e alunos para mostrar o melhor caminho a ser seguido por todos”.

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