A área desapropriada do Estado na localidade de Pinheiro, em Candelária, um dos mais importantes sítios paleontológicos do Brasil, está sendo alvo de uma sondagem geológica. O objetivo é aprofundar o conhecimento do subsolo local e orientar futuras pesquisas, incluindo as relacionadas à riqueza de animais pré-históricos ali encontrados.
O trabalho é conduzido pela equipe liderada pelo professor Cesar Schultz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que é referência em Paleontologia. Ele tem o suporte técnico e histórico de Carlos Rodrigues – curador do Museu Aristides Carlos Rodrigues – e de Belarmino Stefanello.
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As análises buscam identificar possíveis camadas distintas em subsuperfície, obter dados paleomagnéticos e coletar informações estratigráficas. Isso é crucial para ampliar o entendimento geológico da região e balizar decisões e estudos científicos.
Riqueza paleontológica
Candelária é nacionalmente conhecida como a “Terra dos Dinossauros” e possui um dos registros mais completos e com maior variedade de espécies da fauna de vertebrados do Período Triássico (entre 252 e 201 milhões de anos atrás).
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A localidade de Pinheiro, onde ocorre a sondagem, já foi palco de descobertas importantes, como o réptil do Triássico Pinheirochampsa rodriguesi, identificado por pesquisadores da Unipampa, e o cinodonte Bonacynodon schultzi. Outras descobertas relevantes na região incluem o dinossauro primitivo Guaibasaurus candelariensis e o cinodonte Botucaraitherium belarminoi.
O Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues abriga réplicas de crânios e esculturas desses animais.
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