Os integrantes da Associação dos Jovens Empreendedores de Santa Cruz do Sul (Ajesc) tiveram a oportunidade de conhecer a história da centenária Excelsior Alimentos. Em reunião-almoço nessa terça-feira, 9, o CEO da indústria, Luiz Motta, recordou momentos difíceis – que chamou de tsunamis – e a forma como se deu a volta por cima, transformando a empresa em referência no processamento de alimentos.
A indústria santa-cruzense, explicou, viveu pelo menos três reveses que poderiam ter significado o término das suas atividades. O primeiro foi ainda no ciclo inicial, quando atuava somente no refinamento de banha. Em 1937, o governo proibiu a produção nos locais que não abatiam os animais. Capitalizada, passou a adquirir suínos e ampliou o portfólio, com a inclusão de embutidos.
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No entanto, a logística tornou-se um empecilho. Os animais eram trazidos em trem de Santa Rosa, o que representava alto custo. Veio o segundo grande problema. O Estado viu a criação da Sociedade Anônima Moinhos do Rio Grande (Samrig), que passou a produzir óleo de soja, mais prático e com menor custo. “Aqui temos o tsunami do conforto, que é quando há acomodação e não se busca parceria para o fortalecimento”, apontou.
Enfraquecida com essa situação, a Excelsior viu-se diante da peste suína no Rio Grande do Sul. A partir de 1978, o País ficou impossibilitado de exportar por 20 anos. A empresa não atuava no mercado externo, mas viu grandes concorrentes que vendiam para o mundo focar o consumidor nacional.
Tendo sido vendida, a indústria passou por reestruturação na gestão e adotou mecanismos como as parcerias. Hoje atua com 14 plantas de outras empresas colocando produtos inovadores, como o hambúrguer vegetal; o presunto Origens, que é defumado com lenha da laranjeira, criando a sensação de pertencimento do gaúcho; e os kits natalinos, que viraram sucesso pelos artigos entregues e bolsas térmicas com diferentes funcionalidades.
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O desempenho econômico da Excelsior não está restrito à fala do CEO. Natural do Rio de Janeiro, quando chegou a Santa Cruz, ele viu a ação vendida a R$ 1,00. Atualmente, está em torno de R$ 100,00. “É o resultado do estabelecimento de parcerias e da construção de um time que consegue formar a cultura da empresa.”
Esse conceito faz com que mantenha a equipe, possibilitando a valorização interna. Quando há contratação, observa-se primeiro o público interno, o que faz com que 70% seja resultado de promoção e não busca no mercado. O evento da Ajesc tem patrocínio do Sicredi e apoio da e Gazeta Grupo de Comunicações.
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