O setor arrozeiro do Rio Grande do Sul encerra 2025 em um movimento de transição. Após um ano de preços pressionados e crédito restrito, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) aposta na redução dos estoques de passagem e em mecanismos de subvenção federal para garantir o equilíbrio do mercado no ciclo de 2026.
Segundo o presidente da Federarroz, Denis Nunes, o cenário é de ajuste produtivo. O levantamento atualizado indica uma redução na área plantada que pode chegar a 10%, caindo para aproximadamente 880 mil hectares – marca inferior aos 920 mil previstos inicialmente pelo Irga. A queda é reflexo direto da escassez de financiamento e do aumento dos juros no Plano Safra.
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A estratégia para evitar novos recuos nos preços, que chegaram a ficar abaixo do mínimo no segundo semestre de 2025, reside no escoamento do excedente. “O ponto fundamental para reequilibrar o mercado é entrar em 2026 com estoques menores”, diz Nunes. O setor conta com a antecipação de R$ 300 milhões destinados pela Conab, além da recente mudança no estatuto do Irga, que permite meios voltados a subvenções na comercialização.
Desafios e produtividade
Embora o otimismo prevaleça para o preço ao produtor em 2026, a safra em si deve enfrentar gargalos técnicos. Além da menor área, a redução no uso de fertilizantes deve impactar a produtividade por hectare. “Teremos uma safra difícil em termos de produção, mas se os mecanismos de apoio continuarem funcionando e o estoque for reduzido pela exportação, o cenário de 2026 será mais favorável”, pondera.
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