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DIRETO DA REDAÇÃO

Romar Beling: rumo ao Geoparque Triássico!

No âmbito do desenvolvimento regional, em alguns momentos da história o cavalo pode passar encilhado, que é como se costuma definir oportunidades valiosas. Nessas ocasiões, quando as organizações não aproveitam a chance, e até com entusiasmo, isso acabaria por ser lastimável. Toda a área próxima a Santa Cruz do Sul nesse momento ouve justamente o tropel de uma iniciativa única, rara: a constituição de um Geoparque com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Não é pouca coisa. E nem se deveria cogitar que os responsáveis diretos pelo empreendimento em cada município titubeiem em dar seu aval.

Quando uma região almeja ou ambiciona ter protagonismo efetivo no turismo de marca global, integrar um Geoparque é mesmo grande credencial, que se traduz em imagem positiva, proativa, sintonizada com a sustentabilidade, termo tão em voga no mundo contemporâneo (e com todas as razões para isso). Depois de secas esturricantes e enchentes catastróficas, se ainda estivermos em dúvida sobre o que significa sustentabilidade, é melhor desistir de nos chamarmos de civilização.

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Atualmente, há seis geoparques chancelados no País, cada um deles com suas especificidades divulgadas pelo planeta: Araripe, no Ceará, foi o primeiro, em 2006; depois seguiram-se o do Seridó, no Rio Grande do Norte; o Caminhos dos Cânions do Sul, entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina; o da Quarta Colônia, junto a Santa Maria; e o Caçapava, ambos no Rio Grande do Sul; e o de Uberaba, o mais recente deles. Vários aspirantes estão no páreo, entre eles o Costões e Lagunas, no Rio de Janeiro. E o Triássico, no Vale do Rio Pardo!

Os ganhos em termos de visibilidade internacional são praticamente inesgotáveis. Para se ter uma ideia, todos os geoparques foram amplamente divulgados, pela gestão nacional e pela Unesco, com um amplo estante no Salão do Turismo 2025, promovido pelo Ministério do Turismo, no Anhembi, em São Paulo.

Estar habilitado a ter seus diferenciais e potenciais apresentados e enaltecidos em um evento desse porte é formidável. Basta fazer uma comparação: quando uma cidade ou região aposta no turismo voltado unicamente ao consumo e às atrações propostas por investidores, não raro isso se mostra insustentável para o meio ambiente e até para a comunidade. Mas quando a chancela vem de um organismo como a Unesco, braço da Organização das Nações Unidas (ONU), a divulgação reverbera no planeta, com a sugestão clara de que naquela região específica a sustentabilidade é levada a sério.

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Na edição de terça-feira, 16, a Gazeta do Sul estampou na manchete “Geoparque Triássico mobiliza municípios”. Que isso efetivamente siga ocorrendo. Talvez como em raras ocasiões anteriores, urge que as lideranças se unam com a máxima energia. O cavalo encilhado está passando. Saltar sobre ele e partir rumo a um futuro marcado por turismo de qualidade internacional é a pedida da vez; ou, se a região optar por ficar sentada sobre o barranco, vendo a oportunidade se esvair, nesse caso nem haveria segunda chance.

Acontece que a Unesco segue um critério rigoroso, o qual pressupõe, como indicador máximo, a vontade e a união de uma região. Se essas duas coisas não acontecem, é como se aquela área afirmasse exatamente o contrário: não temos nem vontade, nem união. E esse tipo de desânimo, no mundo de hoje, seria terrível expor para o mundo. Que o Geoparque Triássico torne-se realidade o quanto antes!

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