O Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Rio Grande do Sul, divulgou nota técnica com os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios gaúchos, referente a 2023. Na região do Vale do Rio Pardo, Santa Cruz do Sul passou de R$ 11,19 bilhões em 2022 para R$ 13,40 bilhões no ano seguinte. Com esse resultado, avançou da 8ª para a 7ª posição das maiores economias do Estado.

O crescimento de 19,72% fez com que ampliasse sua participação no total da economia gaúcha para 2,06%. Foi um dos melhores ganhos de representatividade no que é produzido de riqueza no Rio Grande do Sul, com 0,18 ponto percentual. Com isso, entra no seleto grupo de evolução que inclui Porto Alegre, Caxias do Sul e Gravataí. Com bom desempenho, os dez maiores PIBs concentram 40,77% da economia gaúcha, levemente superior ao que foi apontado em 2022, quando alcançou 40,09%.

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A capital segue na liderança, superando R$ 104,74 bilhões, seguida por Caxias do Sul, com R$ 37,86 bilhões. Canoas teve a maior perda relativa, mas seguiu em terceiro, com R$ 29,16 bilhões. Gravataí conquistou o maior avanço, de sexto para quarto, com R$ 15,54 bilhões.

Três municípios gaúchos figuram entre os cem maiores PIBs do Brasil: Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas. Os números são trabalhados em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no âmbito do Sistema de Contas Regionais.

Apenas Rio Pardo diminuiu

O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todas as riquezas produzidas e teve evolução em 16 das 17 prefeituras integrantes da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp). Apenas Rio Pardo apresentou diminuição no comparativo de 2023 com 2022, com redução de 14,54%. Os rio-pardenses vinham apresentando bom desempenho desde 2020, quando somaram R$ 992.723.266,00. No ano seguinte, passaram de R$ 1,39 bilhão.

O maior crescimento foi em Herveiras, com 39,52%. Isso não mudou, no entanto, o fato de que o município tem o menor PIB dos integrantes da Amvarp, com R$ 88.439.464,00. Mato Leitão também superou os 30%, passando dos R$ 295 milhões.

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Em números absolutos, Santa Cruz do Sul foi quem mais subiu, acima de R$ 2 bilhões. Venâncio Aires também conseguiu evolução significativa, acima de R$ 800 milhões. Em 2023 somou R$ 4,68 milhões.
No ranking regional, os santa-cruzenses ocupam a primeira colocação. Venâncio está em segundo, mantendo-se em terceiro, apesar da redução, Rio Pardo.

O grupo dos cinco maiores ainda tem Candelária em quarto e Encruzilhada do Sul em quinto. Repete o que foi apurado nos dados referentes a 2022. Levando-se em consideração todos os municípios brasileiros, Porto Alegre manteve a nona posição no ranking nacional nos dois anos. Caxias do Sul avançou uma colocação, passando da 38ª para a 37ª posição, enquanto Canoas passou da 44ª para a 47ª. Esses levantamentos levam em consideração sempre dois anos atrás do período em que são apresentados.

Per capita

Além do PIB geral, também foram apresentados os números do PIB per capita, que é o valor do PIB dividido pela população do município. Santa Cruz do Sul tem o maior entre os associados à Amvarp, superando R$ 100,5 mil. Venâncio Aires chega a R$ 68,1 mil, em segundo, e é seguido por Mato Leitão (R$ 60,7 mil) e Pantano Grande (R$ 56,4 mil).

Em 2023, os maiores valores do PIB per capita foram registrados em Muitos Capões. O município liderou o ranking estadual com R$ 330.081,00, impulsionado pela elevada produtividade agropecuária, especialmente nas culturas de soja e milho, e em Triunfo, com R$ 275.341, influenciado pela concentração das atividades do polo petroquímico.

Os menores concentraram-se em municípios com baixos níveis de produtividade econômica. Barra do Guarita ocupou a última posição em 2023, com R$ 19.953,00, seguida por Dezesseis de Novembro (R$ 20.507,00) e Redentora (R$ 21.319,00).

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