O Brasil é um dos países menos seguros do mundo em tempos de Covid-19! Essa foi a resposta de uma importante reunião de negócios global esta semana, que teve como convidado um infectologista de reputação inquestionável. Por que o gigante adormecido chegou ao topo deste ranking negativo, que fere seriamente a imagem do nosso país?

Tendemos a não ser muito bons em seguir regras. Podemos ser arrogantes mesmo quando não dominamos o assunto. Ouvimos pouco e falamos muito. Muitas vezes, distorcemos fatos para defender nossa visão particular.

Um esgotamento geral assombra o mundo, que se mostra a cada dia mais incendiado com os assuntos atuais. Por um lado, os gritos de “basta” são uma das melhores coisas que assistimos no meio deste caos. Chega de tratamentos desiguais, de aberrações e de separatismos arcaicos. Todas as formas de preconceito são cruéis, inclusive o preconceito reverso ou o ativismo oportunista que, para defender uma causa, ataca gratuitamente pessoas sem sequer conhecê-las. As redes sociais passaram de fóruns interessantes para latrinas, onde se despeja a raiva pessoal sem critérios. Impor a inclusão é a pior maneira de conquistá-la.

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O ódio interior existe em todos nós e os budistas nos dão caminhos incríveis de como domá-lo. O filósofo indiano Sarkar nos ensina, com a filosofia Neo Humanista, o caminho da bem-aventurança: ter cuidado para estabelecer a harmonia entre os seres humanos, as espécies animais, vegetais e o mundo inanimado. Só assim a sociedade poderá atingir seus objetivos coletivos. Precisamos parar de classificar as pessoas pela religião, preferência política, cor, sexo, classe social ou pelas preferências pessoais. É hora de harmonizar, repensar, ressignificar. O conflito constante traz energias ruins e é absolutamente antiprosperidade.

O momento que vivemos trará de volta o filtro do bom senso, para que saibamos escolher melhor nossas fontes de conteúdo, O verdadeiro crescimento acontece quando ampliamos o olhar, respeitamos o que é diferente, consideramos fatos, não apenas sentimentos individuais, e conseguimos entender que nenhuma luta separatista e nenhum comportamento unilateral prosperará no novo século.

Em meio a tanto barulho, quando alguém o atacar, ignore. Se a opinião for diferente da sua, aprenda. Se se sentir ofendido, olhe para dentro, ofensas revelam duras verdades sobre nós mesmos. A melhor forma de rebater a polarização do mundo é praticando o silêncio, e retribuindo ataques com amor.