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DA TERRA E DA GENTE

A luz para nos guiar

São muitas as vezes em que se vive um tanto às escuras, sem saber direto para onde andar, sem vislumbrar o horizonte a alcançar. Mas, a cada ano, ao seu final e no começo de outro, apresenta-se de novo uma luz que, na verdade, nunca deveria ficar apagada nos corações humanos, mas que muitas vezes abafamos em nossos comportamentos diários, ou não deixamos o devido espaço para nos alcançar.

O período de Natal justamente destaca esta luz, às vezes também obscurecida ou direcionada para outros focos, mas nos lembra que é esse brilho que deve nos envolver e orientar. Tal como diz uma canção de Tom Fettke, que os corais entoam nestes momentos comemorativos, a exemplo do que fez o da Afubra na inauguração da nova e bela iluminação da nossa Catedral, no domingo passado.

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Diz a canção, de forma simples, curta e direta: “Que a luz de Cristo brilhe, nos envolva em amor e que seu poder nos venha proteger, para sempre”. É a luz resplandecente que anunciavam profetas para iluminar os que habitavam nas sombras. É a que nos dá condições de olhar para dentro e nos conhecer melhor, assim como permite enxergar melhor o outro, não como alguém contrário/inimigo, mas um ser humano igual a cada um de nós, com diferenças, sim, mas ambos com defeitos e virtudes.

Assim, fica claro que não se trata apenas de mero enfeite natalino, mas da expressão de alguém maior que renasce entre nós a cada ano, ou precisa renascer em nosso meio, se quisermos que seja melhor para viver e conviver. É o que lembramos (este autor e a colega Lissi Bender) em nossa apresentação pelo projeto Academia de Letras na Comunidade, na edição final do ano, dia 17 deste mês, enfocando tradições natalinas dos ancestrais dentro da Semana da Imigração Alemã, em Linha Santa Cruz, onde chegaram os primeiros imigrantes às vésperas do Natal em 1849.

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A “luz de velas e lanternas de Cristo, a luz do mundo, que ilumina intensamente a época natalina” foi destacada entre muitas tradições, citando Lissi também o “Lanternenumzug”, a caminhada feita no dia anterior pela população no local do futuro “Immigrantenpark” (Parque do Imigrante), que simbolizou “as luzes para iluminar a caminhada do povo cristão”. Ainda entre cantos natalinos, recordava com carinho “Alle Jahre wieder” – “Todos os anos vem o menino Jesus à Terra; entra em todas as casas com a sua bênção; acompanha-nos por todos os caminhos; também está a meu lado, para me guiar pela sua mão amorosa”.

Que possamos nos deixar guiar também por esta luz de amor, não apenas no período natalino, mas sempre. Que a nova e potente iluminação que reveste e brilha dentro do maior monumento de nossa comunidade, a Catedral Diocesana, possa nos lembrar disso a cada dia, não apenas como bela atração turística, mas como resplendor que vem do alto para nos lembrar a cada dia a direção em que devemos caminhar. Que o testemunho de fé e muito trabalho, também de muitas mãos imigrantes, representado por esta imponente obra que está entre nós desde 1939, nos faça sempre valorizar os princípios dos que vieram antes e tanto legaram para nós.

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Com boa base estabelecida e caminho bem iluminado, certamente nossos passos serão mais seguros e irão encontrar mais sentido. Que assim seja nosso Natal!

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