Que a sociedade contemporânea é desconectada do mundo natural, e caracterizada pelo artificial, disso não temos muita dúvida. O que ainda não compreendemos é o quanto isso compromete a nossa qualidade de vida e as possibilidades e perspectivas de perpetuação de nossa e de todas as demais espécies.
Um livro como A maravilhosa trama das coisas: sabedoria indígina, conhecimento científico e os ensinamentos das plantas, da norte-americana Robin Wall Kimmerer, com tradução de Maria de Fátima Oliva do Couto, lançado pela editora Intrínseca, em 416 páginas (a R$ 69,90), está aí para nos advertir, em forma de leitura, o quanto precisamos nos reconectar com a natureza para termos alguma chance de persistir.
LEIA TAMBÉM: Um olhar sobre a América desde os primórdios
Publicidade
Robin nasceu em Nova Iorque, mas descende da Nação Potawatomi, cuja cultura é voltada a uma harmonia máxima com o meio ambiente no qual esse povo vive. Aos 71 anos, aliou a esse conhecimento ainda os de sua formação em botânica. Não por acaso, essa mescla entre aprendizado prático de seu povo e o domínio científico fez dela uma das maiores autoridades em âmbito global a advertir o quanto a flora e a fauna, em qualquer lugar, podem auxiliar os seres humanos em sua luta para preservar o planeta.
No livro, ela mostra que as plantas (em especial as árvores, em uma floresta, e todas as demais formas de vida vegetal) são mais eficientes do que os humanos em se auxiliar e se proteger. E não hesitam em colaborar diretamente com todas as formas de vida animal, das microscópicas às maiores.
LEIA MAIS TEXTOS DE ROMAR BELING
Publicidade