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João Alves

A vida no bairro: pleno desenvolvimento e crescimento dia após dia

Foto: Alencar da Rosa

Bairro João Alves é um dos que mais crescem no município

Há pouco mais de dez anos, o Bairro João Alves, situado na Zona Leste do município, contava com apenas 304 habitantes, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje é um dos bairros que mais crescem em Santa Cruz do Sul, com investimentos de loteadoras, além de contar com diversos serviços de comércio, como mercado, farmácia e petshop, entre outros. 

De acordo com o setor de geoprocessamento da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, o Bairro João Alves foi criado pela Lei 6104/2010, em 22 de dezembro de 2010. Antes, era parcialmente zona rural e parte pertencia ao Bairro Country. A área deixou de pertencer ao interior e a promulgação do Plano Diretor de 1998 veio junto com a nova lei de bairros, fazendo com que o local passasse a integrar o zoneamento urbano. Além disso, o João Alves recebeu uma área que anteriormente era ocupada pelo Bairro Country.

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Não há informações atuais sobre população. Contudo, o número de imóveis residenciais hoje é de 3.025 unidades, o que indica que a população do bairro cresceu muito nos últimos 12 anos. Atualmente, o João Alves conta com 27 unidades comerciais e de serviços. Ainda segundo a Prefeitura, o nome João Alves vem da localidade. “No mapa municipal do ano de 1922, entre as Linhas Nova, ‘Serro’ Alegre e São João da Serra, achava-se a Linha João Alves, que se estendia aproximadamente entre a povoação Arroio Grande, na época, e os Arroios Pinheiral e Diogo Trilho.”

Delimitações

“Inicia em um ponto localizado no trevo, no entroncamento dos eixos da Avenida Léo Kraether com o eixo do Acesso Linha João Alves, seguindo por este eixo, no sentido leste, até encontrar um ponto localizado no limite leste da Zona Urbana, instituída pelo Plano Diretor, de onde segue, no sentido sul, acompanhando o referido limite, até encontrar um ponto também no limite leste da Zona Urbana, de onde segue, no sentido oeste, em linha reta e imaginária, até o ponto localizado na margem leste de um Arroio Sem Denominação, de onde segue, acompanhando sua margem, no sentido norte, em linha irregular, até encontrar o marco M081 do Cinturão Verde, passando pelos marcos M082, M083 e M084, e pelo ponto (P155 – coincidente com o marco M085 do Cinturão Verde), de onde segue, por um a linha reta e imaginária, no sentido norte, até o ponto (P154 – coincidente com o marco M096 do Cinturão Verde), de onde segue, pelo limite do Cinturão Verde, passando pelos marcos M097 e M098, e o ponto (P158 – coincidente com o marco M099 do Cinturão Verde), seguindo no sentido oeste, no mesmo alinhamento, até encontrar o ponto localizado no eixo da Avenida Léo Kraether, de onde segue, por este eixo, no sentido nordeste, até encontrar o ponto inicial.” – Trecho da Lei Ordinária 8714, de 14/09/2021.

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Iniciativa para dar visibilidade ao local

Romeu e filha Maria Eduarda, na associação

Romeu Eduardo Kreutz é o responsável pelo site portaljoaoalves.com.br. No endereço eletrônico, é possível ter acesso a serviços como os horários de ônibus no local. Kreutz mora no João Alves desde dezembro de 2020. Ele conta que se mudou para o bairro junto com a esposa durante a pandemia de Covid-19. “Eu já morava em Santa Cruz, mas em outro bairro. Me mudei para a cidade em 2018, quando me aposentei. Antes disso, eu morava em Brasília e trabalhava na diretoria do Banco do Brasil”, salienta.

Com as mudanças trazidas pela pandemia para as relações de trabalho, provocando demissões e obrigando as pessoas a se reinventarem para conseguir sobreviver, surgiu a ideia de criar o portal do Bairro João Alves. “O intuito foi incentivar e impulsionar os novos prestadores de serviços que surgiram a partir dessas demissões, além do comércio local. O objetivo era oferecer um espaço no meu portal para que elas pudessem expor seus produtos e serviços, gerando sinergia entre os moradores”, relata.

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O morador enfatiza que, se houver interesse por parte dos moradores, pode transformar o portal rapidamente em uma ótima fonte de dados e informações completas sobre serviços, produtos e empresas do bairro. Para Kreutz, é perceptível o crescimento significativo nos dois anos em que reside no local. “Em todas as ruas do bairro existem obras em andamento e imóveis à venda. Porém, nós, moradores, sentimos necessidade de maior proximidade com o governo municipal em relação a infraestrutura. Até há poucos dias não tínhamos nem os Correios entregando correspondências aqui, apesar de isso não ser responsabilidade da Prefeitura.”

Segundo ele, um problema muito comentado nos grupos de moradores é o trânsito. “As ruas não estão corretamente sinalizadas e faltam quebra-molas que poderiam diminuir o número de acidentes. Existe ainda o problema da segurança, que está começando a nos preocupar.” Apesar disso, para ele, uma das grandes vantagens de morar no João Alves é o clima. “Temos em média dois graus a menos de temperatura em relação ao Centro, e há sempre uma brisa refrescante. Eu, particularmente, gosto muito desse clima de montanha que o bairro oferece. Além disso, os valores dos imóveis são bastante atrativos e temos todas as facilidades, como mercados, farmácias, bares, restaurantes, padarias e diversos prestadores de serviços”, acrescenta.

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Produção rural intensa

O João Alves é um bairro onde residem muitas famílias de produtores rurais. Um desses agricultores é Danilo Hentschke, que mora no local há aproximadamente 50 anos. Produtor de hortigranjeiros na propriedade em João Alves, ele comenta que a área era considerada zona rural. “Hoje, minha casa já é área urbana, e cercada de loteamentos.”

Durante os anos, Hentschke acompanhou o progresso do bairro. Ele comemora que, hoje, quem reside por lá tem acesso a tudo, como farmácia, mercado, loja de material de construção, entre outros comércios, além de ter fácil acesso à área central de Santa Cruz. “Com o progresso vão se valorizando nossas terras.” O morador vende seus produtos na Feira Rural e conta que, durante a pandemia, precisou se reinventar e trabalhar com vendas pelo celular e com tele-ntrega. 

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Com o crescimento, Hentschke percebeu o aumento das vendas não apenas para outras regiões do município, mas também muito dentro do bairro. “Tenho vários clientes de loteamentos aqui por perto”, completa. Além disso, o produtor salienta que o bairro tem uma vizinhança muito boa e que é ótimo morar no local. Sobre se mudar dali, ele afirma: “De jeito nenhum.”

Propriedade de Danilo Hentschke no João Alves é símbolo de diversidade no bairro

Levando investimentos para o local

O empreendedor e sócio-proprietário no ramo de empreendimentos imobiliários Erikson Karnopp foi um dos primeiros a investir no João Alves. A primeira empresa foi a Kartoll Empreendimentos Imobiliários, do sócio de Karnopp, João Tolotti.

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Há cerca de dez anos, em parceria com a Prefeitura e com a Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), foi levada rede de esgoto para o loteamento Nova Santa Cruz I, que foi a primeira área a ser loteada. Com os novos empreendimentos no local, chegou também mais desenvolvimento. 

Karnopp lembra que, na época, ao buscar novos lugares do município para investir, percebeu-se que bairros como o Arroio Grande já possuíam muitos loteamentos. “Resolvemos fazer esse investimento para a Zona Leste e, com isso, as áreas foram adquirindo valorização.” Além disso, segundo o empresário, foram doadas áreas para uso comum dos residentes, como a sede da associação de moradores, que tem um salão de festas e área verde, dentro do Nova Santa Cruz. 

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Também já foram doadas áreas para equipamentos comunitários, para que futuramente se possa construir prédios que abriguem serviços, como escolas. “Nos preocupamos em deixar esses espaços em ótima localização dentro do loteamento”, ressalta.

O crescimento resultou em maior movimentação, exigindo novos investimentos. “Reparo que a cidade precisará de um cuidado e um carinho grande nos próximos anos na questão de acessibilidade do João Alves para o Centro e adjacências, além de uma via perimetral para desafogar o trânsito”, comenta.

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A tendência, diz Karnopp, é o crescimento de Santa Cruz para a Zona Leste. Nos últimos anos, empresários estão investindo no Bairro João Alves, levando serviços de todos os tipos. De acordo com Karnopp, as empresas das quais é sócio já comercializaram mais de 2 mil lotes no bairro.

Associação de moradores promove integração e melhorias

Mariel Muller é o presidente da associação dos moradores do loteamento Nova Santa Cruz e da Comunidade Católica. Morador do João Alves há oito anos, ele salienta que a entidade tem como objetivo reivindicar melhorias para o bairro – tanto a parte do loteamento como a do interior – e integrar os moradores. Conforme Muller, o João Alves é um bom bairro para morar porque as pessoas são acolhedoras.

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“Chegamos há pouco tempo e logo fomos recebidos. Mas embora tenha enfatizado o acolhimento, ainda percebo que muitas vezes falta uma aproximação melhor das pessoas, o respeito. Por exemplo, várias vezes nos pediram instalação de quebra-molas nas vias, mas é uma questão de respeito às leis do trânsito e de boa vizinhança; se todos respeitassem isso, não precisaríamos dos quebra-molas”, comenta.

Para o presidente, o bairro cresce aceleradamente, com novos loteamentos sendo abertos e outros em fase de elaboração e projeto. Com isso, a expectativa é de que logo seja um dos mais populosos do município. No entanto, como adverte, a estrutura ainda não está acompanhando o crescimento, em seu entender.

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“Começamos a ter, principalmente, problemas com a mobilidade nos acessos. Logo os colégios estarão com seus tamanhos defasados, a saúde e a segurança também. Passos estão sendo dados para isso, como o anúncio de obras de uma creche, posto de saúde, e asfaltamento de alguns acessos”, afirma.

A comunidade sofre também com problemas constantes no abastecimento de água. “Como o local é alto, quando acontecem paradas, mesmo que programadas, e mesmo que a previsão de retorno seja no mesmo dia, geralmente demora bem mais até normalizar.” Para resolver isso, a associação fez um pedido de caixa d’água local. Outra reivindicação é a construção de um acostamento ou calçamento na via principal da João Alves. “É um lugar tão lindo de fazer caminhada, mas perigoso porque tem de ser junto do asfalto”, acrescenta.

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