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HOMICÍDIO NO MOTOCROSS

Acusada pela morte de mecânico irá a júri popular

Foto: Ricardo Düren

Um dos casos de maior repercussão nos últimos anos está próximo de um desfecho. Em decisão da juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1ª Vara Criminal de Santa Cruz do Sul, foi confirmado que Patrícia D’Ávila da Luz, de 21 anos, acusada de ter planejado e coordenado o assassinado de Tiago Aliandro Kohlrausch, irá a júri popular. A data do julgamento foi marcada para o próximo dia 15 de setembro, uma semana antes de o crime completar dois anos.

No dia 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira, o funcionário concursado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, de 30 anos, foi atingido por dez tiros na garagem de casa, na Rua Walder Rude Kipper, no Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande, às 19h45. Patrícia e outros dois homens – seu então companheiro da época, Renato Andrade Ferreira, de 33 anos, e o tio da mulher, Gabriel Nascimento da Luz, de 53 – foram identificados como mandantes do assassinato, em uma investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP).

Ela, assim como o homem mais novo, foi indiciada por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. Gabriel responde por homicídio duplamente qualificado. Única dos envolvidos que está presa, Patrícia é a mãe do filho de Tiago, que tinha pouco mais de 1 ano quando o pai foi morto.

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Tiago Aliandro Kohlrausch tinha 30 anos

“Que a justiça prevaleça”, diz pai da vítima
Na tarde dessa quarta-feira, 14, a Gazeta do Sul entrou em contato com o pai de Tiago, Dirceu Aliandro Kohlrausch, de 55 anos. Angustiado pela demora no processo, disse estar confiante de que a ex-companheira do filho permanecerá presa. “Estou apreensivo, mas esperamos que a justiça prevaleça e ela pegue muito tempo de cadeia pelo que fez com meu filho”, afirmou Dirceu. Ele ainda falou da relação que tem com o neto, hoje com 3 anos.

“Nosso convívio é muito bom. Pego ele de duas em duas semanas e nos divertimos. Às vezes ele pergunta do pai, eu mostro fotos e digo que ele está no céu, olhando por ele.” A reportagem fez contato com o advogado Roberto Weiss Kist, responsável pela defesa de Patrícia. Ele afirmou que está ciente da decisão da Justiça. “Estamos nos preparando para fazer a defesa no plenário do júri.” Na data marcada, 15 de setembro, sete pessoas da comunidade estarão escaladas para formarem o júri popular.

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RELEMBRE O CASO
Na noite do crime, a namorada de Tiago estava no banho quando escutou barulhos que vinham do lado de fora da casa. Quando saiu, encontrou o namorado morto, caído ao lado do Omega Suprema prata dele, que estava estacionado na garagem. Os peritos recolheram no local 12 estojos deflagrados de pistola calibre 380. Eles constataram que Tiago tentou se refugiar do outro lado do carro, onde acabou morrendo. Os executores seriam dois assassinos de aluguel de outra cidade, supostamente contratados para o crime.

Nenhum deles foi encontrado pela Polícia Civil. Conforme as conclusões da 2a DP, em um inquérito com mais de 350 páginas assinado pelo delegado Alessander Zucuni Garcia, Patrícia e o padrasto da criança teriam planejado e coordenado o assassinato de Tiago com o objetivo de afastar o pai biológico do filho. Atualmente, Renato Andrade Ferreira cumpre prisão domiciliar após apresentar uma série de atestados médicos devido a sua condição de saúde. Gabriel Nascimento da Luz aguarda o processo em liberdade.

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