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Airton Artus: “Nossos diferenciais requerem atenção e investimentos especiais”

Foto: Alencar da Rosa

Airton Artus adverte que a folha de pagamento do governo gaúcho é muito elevada e impede investimentos

Airton Artus (PDT) participou, na última segunda-feira, 8, da primeira edição deste ano do Projeto Gerir, promovido pela Gazeta Grupo de Comunicações. Ele dedicou seu tempo para tratar sobre dois temas que considera muito relevantes para o contexto atual: a crise econômica enfrentada pelo Rio Grande do Sul e o número de gaúchos e seus descendentes que abriram novas fronteiras agrícolas em diversas partes do Brasil e hoje se dedicam a produzir riquezas longe daqui. Apesar disso, a folha de pagamentos permanece muito elevada e, na compreensão do parlamentar, é uma das grandes responsáveis pela baixa capacidade de investimentos do Estado.

Segundo ele, o custo atual da folha para os servidores da ativa é de R$ 2,8 bilhões mensais, enquanto inativos e pensionistas somam mais R$ 1,3 bilhão. Já o déficit anual do Instituto de Previdência do Estado (IPE) no ano passado foi de cerca de R$ 9 bilhões. “Todos os anos o governo precisa tirar esse valor do caixa ou dos investimentos para cobrir o rombo da previdência”, explicou. Somente na área do magistério, das 180 mil pessoas que são remuneradas mensalmente, 120 mil são aposentadas e apenas 60 mil estão trabalhando.

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Além dos servidores, Artus chamou a atenção para a dívida com a União, cuja parcela mensal ultrapassa os R$ 2 bilhões, e também os precatórios, com montante total superior a R$ 17 bilhões. Há ainda a questão da reforma tributária aprovada no ano passado e a indefinição sobre o Imposto Sobre Serviços (ISS), situação que preocupa os prefeitos devido à incerteza de como será a arrecadação do tributo.

Sobre a instalação de novas atividades nos setores primário e secundário e a ampliação das existentes, lembrou do potencial da região para a olivicultura, da qual Encruzilhada do Sul possui a maior área plantada do Brasil. Ainda nesse município, segue em expansão a já consolidada viticultura para produção de vinhos e espumantes, um setor que vê a demanda disparar no Brasil. “Temos um produto de qualidade e melhor dos que os produzidos no resto do País. Então, isso é um diferencial que deve ter atenção e investimento especiais.”

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No âmbito da produção de proteína animal, ressaltou o potencial pouco explorado da piscicultura. Disse que a contribuição dessa atividade poderia ser muito maior, tanto no sentido econômico quanto nutricional. Por fim, ressaltou a capacidade do Estado para a pecuária de pasto, onde os animais são criados soltos no terreno. Isso resulta em carne com características únicas se comparadas à obtida do gado criado em regime de confinamento.

A importância do tabaco

Atividade econômica mais importante do Vale do Rio Pardo, o tabaco também foi citado na fala de Artus. Segundo ele, é preciso que o governo federal, a partir dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, conheça de perto a cadeia produtiva para que possa entender a sua importância socioeconômica para milhares de famílias, bem como para a arrecadação dos municípios. Citou ainda a relevância dos setores moveleiro, metalmecânico e de tecnologia da informação como dignos de atenção e de investimentos.

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