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MEIO AMBIENTE

Alceu Raaschen e uma vida dedicada a plantar o futuro

Viúvo há um ano e quatro meses, Alceu Raaschen também encontra, no plantio de novas árvores, forças para seguir em frente. Foto: Rodrigo Assmann

Nas mãos de Alceu Raaschen, a esperança se multiplica. Desde os tempos de escola, o morador do Bairro Leopoldina, em Vera Cruz, deu início a uma missão e não parou mais: plantar árvores. Aliás, o objetivo é esse: seguir até onde for possível, arborizando o futuro. Há mais de 60 anos tem sido assim. E para selar o compromisso, deu início a uma tradição que orgulha aqueles que o acompanham. Todos os anos, no Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro, o aposentado escolhe um novo espaço para abrigar uma nova muda.

Quem acompanha a história do “vô da floricultura”, como é conhecido, sabe que seu exemplo preenche a cidade. Ainda mais pelo fato de ter exercido o ofício de jardineiro na Prefeitura durante 17 anos. O último exemplar, um ingá do rio plantado neste ano, embeleza a Praça Tia Elidia, ao lado do Clube Cultural e Esportivo Vera Cruz. Por lá, muitas outras unidades, que hoje oferecem sombra a moradores e refúgio a animais, levam a sua assinatura.

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Para ele, a atitude deveria ser coletiva. Em casa, com a família, procurou fazer a sua parte. Incentivou as filhas e as netas a preservarem, a plantarem e a celebrarem a vida que brota na terra. A ação do plantar, aliás, atravessou as divisas municipais. Há exemplares plantados por ele em Santa Cruz do Sul e em Vale do Sol, por exemplo. “Fico muito triste quando enxergo árvores sendo arrancadas. Chega a dar um frio na barriga quando escuto uma motosserra roncando”, diz, com a sabedoria adquirida ao longo dos 72 anos de vida.

A filha Lisiane Raaschen acompanha essa empreitada desde criança. Com o passar dos anos, o orgulho e a admiração só crescem. “Ele sempre nos incentivou a plantar e a cuidar de tudo, incluindo flores e folhagens. Eu já passei isso para as minhas filhas e, agora, tenho procurado plantar com as crianças, na escola onde trabalho.”

Das vivências em torno das mudas, ela lembra dos conselhos do pai de plantar um ipê roxo quando casou, há cerca de 15 anos. “Eu me separei, não moro mais naquele lugar, mas a árvore ainda está lá, linda. Minhas filhas ainda a visitam.” Da importância de cultivar, o que vale mesmo é o legado para as futuras gerações. “A gente percebe que é algo que vem diminuindo, mas meu pai faz a parte dele. É algo que vai ficar para sempre. Ele planta para os outros.”

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