Retomando as entrevistas com secretários municipais nesta semana, o programa Estúdio Interativo, da Rádio Gazeta 107,9 FM, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 22, o secretário de Saúde, Rodrigo Rabuske, para um apanhado de 2025 e um balanço das atividades realizadas ao longo do ano. Apesar de a gestão ter iniciado com um déficit de R$ 40 milhões, Rabuske afirmou que a secretaria conseguiu promover entregas positivas para a comunidade.
Para garantir os serviços à população, o secretário destacou que o foco esteve na redução de gastos, como a diminuição de aluguéis e a repactuação de contratos. Também foi necessário contar com suplementações de outras secretarias para fechar o ano. “Mas, em nenhum momento, houve redução no número de atendimentos. Pelo contrário, atendemos mais pessoas em 2025 do que no ano anterior”, enfatizou.
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Rabuske lembrou que havia cerca de 1,3 mil pessoas aguardando cirurgias de média complexidade, das quais 700 foram atendidas por meio do programa de redução de filas. No entanto, reconheceu que os procedimentos de alta complexidade seguem como um desafio para 2026, especialmente para pacientes que ainda aguardam atendimento. “Estamos falando de traumatologia, que ainda é um desafio não só para Santa Cruz, mas para todo o país.”
Ao abordar as 32 estruturas da Atenção Básica de Santa Cruz — sendo 27 ESFs e cinco UBSs — o secretário explicou que foi realizado um diagnóstico com o apoio de uma arquiteta da Prefeitura, responsável por avaliar as condições de todas as unidades. A partir desse levantamento, será elaborado um programa de revitalização, contemplando, por exemplo, as unidades dos bairros Belvedere, Esmeralda e Linha João Alves, que demandam cuidados específicos.
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Rabuske também comentou sobre a UPA Central, que passa por manutenção, o Hospitalzinho — que, junto com a unidade do Esmeralda, atende cerca de 8 mil pacientes por mês — e o Pronto Atendimento do Centro Materno Infantil (Cemai), atualmente sob gestão do Hospital Ana Nery. “Em termos de emergência, Santa Cruz é exemplo para todo o Estado”, pontuou.
Questionado sobre a situação dos profissionais na Atenção Básica, o secretário de Saude afirmou que não há falta de médicos e que existe uma lista ativa de processo seletivo para reposições, garantindo a continuidade do atendimento. Apesar da existência de gratificações para profissionais da rede básica e para psiquiatras da atenção especializada, o secretário ressaltou a necessidade de rediscutir o plano de carreira e a política salarial. “A gratificação nos permite ser competitivos em relação a outros municípios, mas entendemos que é necessária uma reestruturação, e estamos trabalhando isso internamente.”
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Sobre o projeto de telemedicina proposto para Santa Cruz, Rabuske informou que estão sendo realizados testes na UBS Avenida. Segundo ele, a adesão é opcional para os pacientes e os resultados têm sido positivos. “A expectativa é de que a telemedicina funcione como uma atenção complementar, não substituindo o atendimento presencial, mas oferecendo mais uma alternativa ao cidadão que desejar essa modalidade.”
Planejamento
Para 2026, Rodrigo Rabuske adiantou que o orçamento deve seguir desafiador, ainda sem perspectiva de superávit pleno ao final do período projetado. No entanto, o déficit é hoje mais controlável e, apesar disso, o ano deve encerrar com algum superávit financeiro, especialmente por conta de recursos já vinculados a investimentos específicos, que não podem ser usados em outras áreas.
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Entre as obras e investimentos previstos para o próximo ano estão o Centro de Reabilitação (CER), próximo à Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com cerca de R$ 5 milhões já em conta e em fase de licitação, além da aquisição de micro-ônibus e vans, a construção de um novo CAPS AD, a ESF do Viver Bem e projetos de novas unidades no Belvedere Linha João Alves e no Esmeralda, por meio de financiamento do Ministério da Saúde. Rabuske reforçou que, mesmo com limitações orçamentárias, a secretaria trabalha com planejamento de longo prazo, projetando a estrutura da saúde pública para os próximos anos.
Ouça a entrevista na íntegra:
*Colaboraram Lucas Malheiros e Marcio Souza
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